O Rifferama tem o apoio cultural de 30 Por Segundo, Mini Kalzone, Camerata Florianópolis, Biguanet Informática, TUM Festival e Desterro Autoral
Contribua com a campanha de financiamento coletivo do Rifferama no Catarse
Desde que virou um quarteto, a Sociat, que começou como um duo em 2017 com os irmãos Rodrigo (bateria) e Gabriel Lunardi (voz e guitarra), em Florianópolis, a banda teve que aprender a ser prática. Com cada integrante vivendo em uma cidade, o grupo aproveita os raros encontros para ensaiar e registrar novas músicas. O single “Time Bomb / Fade Out”, lançado em 2022, já foi produzido com essa configuração EAD: atualmente, Gabriel mora em São Paulo, Rodrigo em Itajaí, o guitarrista Eduardo Scopel em Curitiba e o baixista Miguel Bogado em Balneário Piçarras. O segundo EP da banda, que deve ser lançado em agosto nas plataformas digitais, foi gravado no estúdio Dual Noise, em São Paulo, com captação, mixagem e masterização de Rogério Wecko, e, a julgar por “King”, primeira faixa divulgada pela Sociat, vem pedrada e das grandes.
O último trabalho do grupo já apontava para uma sonoridade mais agressiva em relação ao EP “Disdain”, de 2019, mas “King” é ainda mais pesada do que a dobradinha “Time Bomb / Fade Out”, com vocais berrados e uma bateria avassaladora. A parte percussiva, inclusive, é um dos pontos que se sobressaem no processo de composição, que neste novo material ficou mais colaborativo. “Inicialmente eu trazia muita coisa. O som da Sociat era guitarra e muita bateria, funcionava como um elemento criativo, até de começar as músicas por ela e depois vir as ideias pra mim”, explicou o vocalista e guitarrista. O envolvimento da banda como um todo pode ser um dos pontos que influenciaram na evolução da proposta sonora da Sociat, que ainda tem mais quatro faixas inéditas para apresentar, contando com o single “Urge”, que sai no dia 25 deste mês. Em contato com o Rifferama, Gabriel Lunardi falou sobre a estética e o conceito do futuro EP.
— Nesse último EP eu ainda trouxe as sementes das músicas, mas todo mundo se envolveu mais, principalmente a “King”. Eu tinha umas ideias soltas, o riff do início, um pouco da letra, o resto foi se desenvolvendo no ensaio, o Eduardo veio com uns riffs do meio e por isso ela tem uma estrutura menos convencional, cada um agregou no processo. Talvez por isso tenha dado esse tom mais maduro, as ideias não vieram só de um lugar. Temos muitas músicas diferentes, no próximo trabalho queremos trabalhar com mais espaços e outros tipos de ambiência, menos porradaria, mas pra esse EP a gente sentiu essa vibe de fazer uma coisa mais pesada e energética, que era o que a gente queria tocar quando estava junto. “King” é o carro chefe em termos de conceito e sonoridade, foi a música que amarrou todas as outras. O título do EP ainda não definimos, mas vai na onda de “King”, de pessoas que se autoproclamam algo ou acham que merecem tudo, vem muito dessa inquietação e raiva, por isso as músicas são mais pesadas.
Foto: Victor Lucena