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A Supernova começou as atividades em 2013, em Balneário Camboriú, como uma banda que tocava cover, mas já compunha. Com a entrada do baixista Luis Felipe Nicodemus, Gabriel Borba (voz e guitarra) e Herberth Goldan Jr. (bateria e voz) gravaram uma demo que foi lançada em 2015 e está disponível apenas no Youtube. O segundo trabalho, “Desespero ou falta de sorte”, saiu em 2017, mas a banda não gostou do resultado, o EP não teve a repercussão esperada e o trio entrou em hiato por um ano. O processo de composição do primeiro álbum, “A procura dos outros”, que saiu no dia 20 de outubro, teve início em 2019, já com Konrado Schmidt (voz e baixo). Do repertório do disco, que tem sete faixas, apenas “Retilínea” foi escrita pela formação anterior. A produção, encabeçada por Matheus Libório (Carmel), levou cerca de um ano, enquanto a masterização ficou a cargo de Thiago de Paula, do selo QG Garage Records e da banda O Elevador.
“A procura dos outros” é um registro agridoce para a Supernova. Não que o trio não goste ou não tenha orgulho do que produziu, mas a musicalidade que esse material traz, focada no rock dos anos 70 e na psicodelia, não representa mais o que a banda quer fazer no futuro. O disco encerra uma fase, que coincide com a alteração do nome do grupo, que se chamava Supernova Jam, e comemora, mesmo sem ter sido intencional, os dez anos de trajetória. As canções do álbum traduzem os sentimentos de uma busca infinita e inexplicável por algo que nem sempre sabemos o que é e se relacionam com a pandemia e as mudanças que ela trouxe — Gabriel Borba, Konrado Schmidt e Herberth ficaram dois anos (2020 e 2021) sem mexer em “A procura dos outros”. Em contato com o Rifferama, o baixista e vocalista falou sobre o caminho percorrido até chegar no álbum.
— O primeiro EP tinha uma sonoridade rudimentar, mais próximo do blues rock e a Supernova acabou surfando naquele boom que teve no rock autoral na região do Vale, com Scarlett, Helvéticos e outras bandas. Eles ganharam alguns festivais e produziram o segundo EP, feito em Itajaí, mas ficaram desanimados com o resultado final e entraram em um hiato. Depois de um ano eles me convidaram para entrar na banda e ficamos o ano inteiro criando música. Quando a gente começou a tocar veio a pandemia e ficamos completamente parados. Nesse tempo a gente mudou muito a nossa cabeça, o entendimento do que a gente gostava sobre música e decidimos que precisávamos eternizar o que foi composto. Gravamos de uma maneira mais caseira com um amigo nosso, para desfrutar um pouco mais do tempo para chegar no resultado que a gente queria com esse projeto. São músicas que a gente não se vê mais tanto nelas, lançamos esse álbum para fechar o ciclo e representar a mudança do nome da banda. Estamos em outra fase, querendo expor a nossa vivência do dia a dia da cidade e fazer um som mais moderno.
Foto: L I M B O