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O rapper Tiago Nogueira nasceu em Auriflama, município de 13 mil habitantes (Censo 2022) do interior de São Paulo. Como um fã de música que cresceu nos anos 90, pegou o auge do new metal e se informava sobre as bandas na banca de revistas da cidade. O envolvimento com o rap ganhou força quando morava em Araçatuba, já na adolescência. O seu grupo na época, LDI (Linha de Informação), foi o primeiro a fazer um CD demo na região, mas o artista ficou distante do cenário por anos e motivos diferentes — o MC chegou a tentar um retorno em 2014, mas não seguiu adiante. A situação só mudou a partir de 2020, quando Nogueira veio morar em São José, na Grande Florianópolis. “Eu não conhecia o mar, eu vi toda essa beleza e isso me inspirou a compor”, contou. Nesses quatro anos, o cantor e compositor já lançou 12 singles e um EP.
A vinda para Santa Catarina foi por acaso. Um amigo estava de mudança para Florianópolis e precisava de alguém para trazer um carro para cá, e depois pagaria a passagem de volta. Mas como esse amigo conseguiu uma casa em São José, fez a proposta para o rapper ficar por aqui, que não pensou duas vezes. “Coloquei a máquina de lavar e o fogão no meio da mudança dele e vim. Esse lugar me inspirou a fazer o que mais gosto de novo”, explicou. Empenhado em deixar um legado com as suas mensagens, Tiago Nogueira tem trabalhado forte na divulgação das suas músicas. O EP “Estilo camuflado”, que saiu em fevereiro nas plataformas digitais, foi produzido por Marcelo Sécolo, de Araçatuba, e traz músicas que foram compostas há mais de dez anos, na pegada clássica do boom bap, mas com um instrumental mais trabalhado. Em contato com o Rifferama, o MC falou sobre essa nova fase em terras catarinenses.
— “Estilo camuflado” é de músicas antigas, as três têm mais de dez anos, mas esses temas são atuais, não deixei as músicas se perderam, fiz o EP, que fala muito sobre se camuflar no sentido de que nem todos podem ver o que você está planejando, o seu corre. Às vezes você se camufla pra não ser afetado o meio da sua caminhada, aparece como fator surpresa. Percebi que as músicas faziam parte desse contexto atual e decidi deixar registrado. O nome do EP tirei da música “Sanguessuga”, ela foi produzida por um produtor de Araçatuba, o Marcelo, que tem uma história como produto. Quis fazer com um músico e não um beatmaker no caso, tem muitos caras top, mas queria essa pegada mais musical que o Marcelo consegue fazer, não perdeu aquela pegada do boom bap clássico, mas ele veio com um charme a mais, o groove, curti muito o que ele fez nas produções.
Foto: Leandro Moraes
Sensacional !!!!!
Muito fera esse EP. Manda ver, mano! Representando.