torvelim-rifferama

Torvelim apresenta nova formação e anuncia primeiro álbum

O Rifferama tem o apoio cultural de 30 Por Segundo, Mini KalzoneCamerata FlorianópolisBiguanet InformáticaTUM Festival e Nefasta Cervejaria


Contribua com a campanha de financiamento coletivo do Rifferama no Catarse

A Torvelim surgiu em 2022 como forma do cantor, compositor e guitarrista Luiz Libardo se expressar de forma diferente da que fazia na sua outra banda, Stall the Örange. Em vez do indie rock com letras em inglês, o grupo abraçou o pós-punk e, escrevendo na nossa língua, vem, com sucesso, construindo uma identidade sonora permeada por temas como juventude, pensamento crítico e política. O EP “Quem me dera não sentir”, um dos melhores trabalhos de 2023 segundo o Rifferama, fez barulho e levou o grupo a dividir o palco com Cyro Sampaio (Menores Atos), terraplana, Sophia Chablau e uma Enorme Perda de Tempo, entre outros. O single “Canto torto”, divulgado em abril nas plataformas digitais com videoclipe de Laura Marchi, apresenta uma sonoridade mais robusta, com guitarras afiadas, e abre caminho para o álbum de estreia do quarteto, “Tomara que ninguém noie”, que deve sair até julho. O trabalho foi produzido por Libardo e Davi Carturani (Bryan Behr).

Com nove faixas, incluindo as três do primeiro EP, mais “O que ficou pra trás”, parceria com a banda Pétala Quinto, também de Brusque, e “Canto torto”, o material traz quatro canções inéditas, uma delas com letra de uma figura emblemática da cena independente nacional, mas ainda é segredo. Além de apresentar o álbum, a Torvelim passou por uma reformulação no time: saiu o baixista Joaquim Roxo e entrou Ana Bea; a formação ainda conta com Ruan Pedrini (Lost Pines) na guitarra e Lucas Francisco na bateria. E falando em adaptação, “Canto torto”, que sugere uma reflexão sobre o ressentimento e a distância entre ser e estar em paz consigo, é uma música que fazia parte do repertório da Stall the Örange, mas nunca tinha sido gravada e ganhou novos arranjo e letra para soar como a Torvelim. Em contato com o Rifferama, Luiz Libardo comentou sobre a sonoridade do single e esse novo momento do projeto.

— “Canto torto” é de fato um pouco mais rock, mais pesada, ela era uma música da Stall, em inglês e tinha toda uma outra parada cheia de teclados, como era a banda antigamente. Era a música mais parecida com as coisas que viriam a se tornar a Torvelim. Trocamos os sintetizadores pelos violões e a bateria eletrônica pela bateria do Jones (Lucas Francisco) para deixar ela mais orgânica. A ideia é que ela soasse crua como a juventude é, um rasgo no estômago, como a ansiedade é, essas incertezas da gente. A produção do Davi foi brutal também, a gente é uma dupla que funciona muito bem. Fazia sentido usar uma música da minha antiga banda, onde aprendi muita coisa sobre o mercado da música, para falar desse assunto que assombra todo jovem adulto. A gente estava esperando para lançar esse single, mas tinha que resolver tudo isso da formação, fazer as fotos novas. A Ana foi uma adição extremamente interessante, ficou muito bom mesmo, encaixou com a nossa dinâmica.

Ficha técnica

Captação e produção: Luiz Libardo e Davi Carturani
Composição e letra: Luiz Libardo
Mixagem e masterização: por Davi Carturani
Filme: Laura Marchi
Atuações: Bruno Haacke, Carmino, Luiz Libardo, Lucas “Jones” Francisco
Foto: Rafael Klein

Daniel Silva é jornalista e editor do portal Rifferama, site criado em 2013 para documentar a produção musical de Santa Catarina. Já atuou na área cultural na administração pública, em assessoria de comunicação para bandas/artistas e festivais, na produção de eventos e cobriu shows nacionais e internacionais como repórter de jornal.

DEIXE UM COMENTÁRIO.

Your email address will not be published. Required fields are marked *