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Após 17 anos de trajetória, quatro álbuns e grandes shows no currículo, os Variantes, de Chapecó, se viram naquele limbo em que não estava mais sendo possível reunir a banda e conciliar as agendas. A solução encontrada foi a saída do vocalista Gustavo Faccio, um dos fundadores do grupo, e do tecladista Jakson Kreuz, que foram substituídos por Ronei Zanette e Vinicius Lovattel, respectivamente. Com a formação estabilizada, Willian do Nascimento (guitarra), Lucas da Rocha (baixo) e André Nicaretta (bateria) retomaram os ensaios e as gravações em estúdio. A nova identidade do quinteto foi apresentada com o single “Pense ao contrário”, lançado no dia 10 de dezembro. A faixa, que fala sobre a polarização política no país, faz parte do próximo lançamento, “Variantes EP 2023”, que sai no dia 31 deste mês nas plataformas digitais.
A coisa mais importante nesse momento turbulento pelo qual a banda passou, segundo o guitarrista Willian do Nascimento, era apresentar a nova formação com um registro sonoro. As outras três canções do EP tratam de temas mais leves, como o amor, a infância e a chuva, trazendo as influências que compõem o som da banda, como o rock clássico, o blues e o country. “Pense ao contrário”, escrita na época das eleições, oferece uma visão positiva sobre a divisão política, pedindo tolerância e respeito. Em contato com o Rifferama, Nascimento, autor do single, lamentou o desvio na rota dos Variantes, mas reconheceu que essa mudança era exatamente o que o grupo precisava para seguir em frente produzindo. A química com os novos integrantes tem sido a melhor possível.
— Era uma prioridade voltar ao mercado com uma gravação, mostrar a identidade sonora que está se criando. Não poderíamos aparecer com um vocalista novo sem um registro. “Pense ao contrário” fala em concordar em discordar, mas sem ódio ou briga, e conversa com o momento atual. As outras canções são pouco menos poéticas, com letras mais objetivas. É uma sonoridade vocal nova, que não se diferiu tanto do timbre do Gustavo, mas o Ronei conseguiu imprimir o toque dele. Como minimizar a mudança e propiciar o novo? Unimos pilares como o amor à causa, a disponibilidade de tempo e a franqueza. Se eu pudesse escolher, jamais escolheria a separação. Essa mudança é um marco para a banda. Sempre é incerto, mas depois que ocorre a sensação é que ela tinha de acontecer, é positiva. O resultado foi muito bacana, uma alta produtividade, estamos satisfeitos.
Foto: Robson Covatti
Excelente texto como sempre! Gratos Daniel e Rifferama, o portal da música catarinense.