O cantautor Vitor Soltau lançou no dia 17 de março o primeiro DVD da sua curta, mas prolífica carreira. Gravado em novembro de 2018 no teatro do SESC de Itajaí, “Mundo da lua” é um show intimista, trazendo “apenas” o jovem artista e seu violão de sete cordas no palco. Grande parte do repertório é formado por parcerias com outros compositores – Bruno Kohl, John Mueller, Vê Domingos, Gregory Haertel, entre outros. O show conta com a participação de Giana Cervi (Mimo) em “Outras vidas”.
Em contato com o Rifferama, Soltau, que faz um som com influências diversas, do folclore argentino, como na abertura “Zamba del Laurel”, passando pelo rap e o funk, contou que o conceito por trás de “Mundo da lua” surgiu após participar de um curso de teatro no ano passado. Durante certa atividade, o músico se reconectou com memórias da infância e descobriu que, na verdade (para ele), esse lugar nada mais é do que a canção.
— Minha mãe sempre fala que sou avoado desde pequeno, cresci com as professoras dizendo que ficava no meu mundo. Ano passado fiz um curso de teatro e foi bem especial. Fizemos um exercício de fechar os olhos e ir para um lugar onde nos sentíamos bem e, num primeiro momento, eu não sabia onde era o meu lugar. Intuitivamente fui para a canção, visualizei um espaço em cima da cabeça que era o lugar que buscava desde criança. Virou, então, o mundo da lua, onde moram as canções.
Aos 22 anos, Soltau tem um EP (“Gratidão”, de 2016) e um álbum (“O voo”, de 2017) gravados, além do single “Letras tortas”, que saiu em 2018. Em “Mundo da lua”, o compositor fez toda a produção: fechou o show, preparou o cenário, escolheu o figurino e fez a direção do espetáculo. “Dentro do que foi possível fazer com o pouco recurso financeiro que eu tinha, gostei bastante”, concluiu.
Foto: Marianella Colucci