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O cantor e compositor Vitor Soltau vem subindo um degrau a cada lançamento nos últimos dois anos. Seja pelas parcerias com outros músicos como Gui Franzói, Rizzih e Luana Berti, pela mudança estética, de ter abraçado uma música mais pop e moderna, ou pelo flerte com outras manifestações artísticas como a dança e a dramaturgia. Caso do último single, “Uma constelação nos teus olhos”, que saiu no dia 21 de abril nas plataformas digitais. O videoclipe da canção foi dirigido por Brunê Nasato, tem direção de arte e figurino de Joana Castanheira, operação de câmera e finalização de Bruno Pereira e coreografia e atuação de Hanti Salerno. A produção foi viabilizada por meio da Lei de Emergência Cultural Aldir Blanc (Lei Nº 14.107/2020) no município de Balneário Piçarras.
No audiovisual, Soltau interpreta um personagem que faz de tudo para conquistar uma mulher. Em contato com o Rifferama, o artista informou que a preparação para contracenar com a dançarina Hanti Salerno levou cerca de três meses, entre aulas, ensaios, pesquisa e reuniões semanais. “Uma constelação nos teus olhos”, além de reafirmar a parceria no âmbito musical com o produtor Elieser de Jesus, trouxe outras camadas para a obra de Soltau e também apresentou um ganho pessoal para o cantor — que incorporou alguns atributos do personagem para a sua vida. Autocrítico com o trabalho que disponibiliza para o público, Soltau se emocionou com o resultado da produção.
— Eu já tinha uma ideia de roteiro, que acabou mudando durante as reuniões e surgiu essa proposta de fazer cada um dos personagens como se fossem alter egos e todos tentando conquistar a Hanti. Eu estava muito a fim de botar dança, a coisa da coreografia, e foi muito massa estudar um personagem e entender ele. Agora quero que ele continue dentro do meu trabalho. É como se fosse um amigo, ele é um cara mais extrovertido, debochado, que seduz e faz acontecer. Foi algo que eu não sentia faz muito tempo, ter que acessar aquilo dentro de ti, aquele sentimento, aquela forma de ser, de pensar. A gente como homem tem um bloqueio muito forte com o corpo, algo super machista, que toca num lugar dentro da gente que é intenso, essa coisa de mexer o corpo, de se entregar. Foi um processo muito foda, de desconstrução também.
Foto: Brunê Nasato