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O cantor, compositor e instrumentista Wilson Souza começou a dedilhar o violão e a tocar bateria ao mesmo tempo (e faz as duas coisas com igual proficiência), entre dos 11 para os 12 anos de idade, em São José. Aos 14 já era profissional da noite e nessa mesma época escreveu a sua primeira canção, “Distraído”, que apresenta até hoje. Três décadas depois, a missão do artista ainda segue a mesma. “Me vejo vivo para produzir para a eternidade. Essa é a minha verdade”, contou o músico ao Rifferama. Desde que lançou o seu primeiro disco, “Vitamina de sons e ideias”, em 2003, Souza não parou de produzir. Foram mais cinco álbuns, dois solo e mais três em parceria com outros artistas, além de dois curtas-metragens musicais (de 2018 e 2021) dirigidos por Alan Langdon.
No dia 16 de dezembro de 2022, Wilson Souza apresentou “Ao vivo”, o primeiro dos dois registros que celebram esses 30 anos de carreira. Ao contrário dos seus outros trabalhos, o material foi gravado no formato voz e violão, em take one. A captação aconteceu no dia 23 e março do ano passado, no Estúdio dos Mares, na Lagoa da Conceição, de André Lanari, um dos muitos amigos que fez no período em que viveu em Minas Gerais (de 2008 a 2015). A segunda parte, inclusive, será feita em Belo Horizonte, em maio, com produção de Guilherme de Marco. Em contato com o Rifferama, Wilson Souza, que começou a pintar durante a pandemia, novidade mostrada no curta “Pra cair no chão ardendo no tempo do pensamento”, falou da sua missão enquanto artista e sobre esses dois volumes ao vivo.
— São 30 anos de tristeza e alegria, resistência, com a necessidade de deixar para os próximos. Vamos fazer dois volumes, aqueles discos à moda antiga, gravados ao vivo, orgânico, com músicas de todas as produções até então, e botar umas duas ou três inéditas. Eu nunca tinha feito um álbum de violão e voz. Essa é a minha missão aqui, produzir, é tudo muito sincero. Gosto dessa coisa orgânica, de retiro, de imersão, das produções naturais, de levar o estúdio para outro lugar e fazer diferente. Tocar é uma celebração da vida, preciso disso para viver, estou produzindo para os meus netos. Tudo o eu faço não faço para hoje, mas para quando não estiver mais aqui. Sou um colaborador artístico do mundo.
Foto: Manu d’Eça