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Yaju e Os Hipertensos divulgam primeiro single de estúdio

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A história da formação da banda Yaju e Os Hipertensos é incomum. O cantor e compositor Yago Jukowski (sacou?) já tinha um EP solo gravado, “Years Before Bad Times”, de 2021, e precisava de uma banda para se apresentar ao vivo. O convite do coletivo A Bolha, de Palhoça, foi o ponto de partida na trajetória do grupo, que hoje é formado por Yaju (vocal), Thiago Rachid (guitarra e voz), Dierre Pichorz (baixo e voz) e Matheus Soares (bateria). O primeiro lançamento do quarteto foi uma live session produzida pelo coletivo, que também era integrado pelas bandas AKANOÁ, Soul Cream e Cambirela. O primeiro single de estúdio, “O toque”, chegou apenas neste ano e foi divulgado no dia 12 de maio nas plataformas digitais. A faixa, captada no AeroTullio Sound Distillery, tem produção, mixagem e masterização do baixista Dierre Pichroz (também vocalista e guitarrista na Soul Cream) e contou com a participação de Oliver Silvestre na bateria.

Ainda que trabalhada em conjunto, “O toque” é uma canção bem pessoal, que foi escrita durante essa transição do trabalho solo, que tinha um material composto em inglês, para a participação na live session, que apresentou as faixas “Chuva para todos os lados” e “1/4 de pensamento”. O single aposta em uma sonoridade com bastante groove, diferente do som que Yaju fazia solo, que trazia as suas influências do indie rock e do grunge. A experiência de trabalhar em banda, com as referências de todos na mistura, vem formando um repertório variado. A próxima música a ser lançada, “Telas”, que sai em agosto, é fruto dessa criação coletiva e teve um resultado sonoro diferente de “O toque”. “Esse single abre as portas para novos estilos e experimentações que a gente pode fazer. É um gostinho para algo que está vindo”, comentou Yaju. Em contato com o Rifferama, o cantor e compositor falou sobre os processos e a sonoridade do grupo.

— Na época em que o coletivo começou, eu precisava fazer uma apresentação e de uma banda. E começaram a surgir novas ideias de músicas que não partiram só de mim, não fazia sentido usar só o meu nome. Eu abracei o pessoal que me abraçou. Com a banda vêm coisas que não eram da minha vertente, se juntaram quatro pessoas com referências diferentes que começaram a ter novas ideias. Foi um processo muito lindo as nossas composições. “Telas” começou com um riff que o Thiago (guitarrista) tocou a base e eu cantei em cima de improviso, a música saiu em meia hora, no outro dia a gente ensaiou e estava pronta, não mudamos quase nada. Por essas conexões verdadeiras, de composições cruas, a gente acabou se tornando uma banda, foi uma coisa natural. A gente não quer ter só essa cara de rock, queremos fazer uma coisa para todo mundo, mais palpável. Muitas músicas do nosso repertório têm estilos diferentes. No fundo acaba sendo rock, mas explorando essas sensações diferentes, um som calmo e reflexivo ou uma coisa mais romântica.

Daniel Silva é jornalista e editor do portal Rifferama, site criado em 2013 para documentar a produção musical de Santa Catarina. Já atuou na área cultural na administração pública, em assessoria de comunicação para bandas/artistas e festivais, na produção de eventos e cobriu shows nacionais e internacionais como repórter de jornal.

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