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Formada em 2010, na cidade de Joinville, o Zombie Cookbook despontou como uma das bandas mais interessantes do metal catarinense por uma série de fatores. Pelo visual dos integrantes, com a questão das máscaras e todo o sangue, a temática das letras, focadas no cinema de horror B, e um som bastante próprio que mistura características de gêneros como death, thrash, heavy, splatter e grindcore. Com uma extensa obra, que inclui um EP, um álbum, dois splits e três singles, faltava um segundo disco para retirar o rótulo de promessa sobre a cabeça dos integrantes. “Horroris Causa”, sucessor de “Outside the Grave” (2012), que saiu em CD e vinil, é o primeiro trabalho gravado pelo quinteto Lucas “Clandestine” Scaravelli (voz), Bruno “Dismembered” Leal (guitarra), Douglas “Consumed” Mattos (guitarra), Bernardo “Thombstoned” Fraga (baixo) e Gabriel “Leprous” Carvalho (bateria). A produção ficou a cargo da banda.
“Horroris Causa” não só é o melhor trabalho do Zombie Cookbook como um dos grandes discos de death metal lançados no estado. Mas a banda teve de gravar pela segunda vez para chegar no resultado obtido com o álbum — a primeira tentativa tinha acontecido em 2014, mas o grupo, que tinha outra formação na época, não aprovou o resultado e o material foi descartado. O crescimento técnico no sentido de execução é bastante perceptível: o instrumental está mais trabalhado e a divisão dos vocais trouxe mais dinâmica para o som do quinteto. Outro ponto determinante para chegar nessa sonoridade foi o trabalho de mixagem e masterização, feito pelo sueco Robert Pehrsson, integrante do Death Breath, que conta com ninguém menos do que Nicke Andersson (Entombed, Hellacopters, entre outros). Em contato com o Rifferama, o vocalista Lucas “Clandestine” Scaravelli, que também canta na Lado Errado, falou sobre a parte visual da banda, a evolução apresentada em “Horroris Causa” e também planos para o futuro.
— A gente está cada vez mais afiado. Existe uma diferença considerável nas questões de tempo, transição, andamento e tudo mais. Estamos com bastante arranjo de guitarra agora, passagens com teclados, não só samples de filmes. Foi uma experiência muito foda trabalhar com um cara do calibre do Robert Pehrsson. Os músicos que estão com a gente são muito competentes, foi bem legal tudo o que a gente fez e vem fazendo. Se hoje a gente subir no palco pra tocar sem máscara, sem motosserra, pedaço de corpo pendurado, não é a gente. Não podemos perder esse lance visual. Tem bastante loucuragem no disco, fizemos dois encartes, cada duas músicas falam de uma história. Vamos trabalhar em um split com mais três bandas, focado em cinema de horror, e no próximo disco. No Zombie a ideia é sempre falar de terror, não importa se é filme, quadrinho, se é história que a gente cria ou videogame, as coisas giram em cima disso. A formação está bem sólida e agora vamos compor essas coisas em conjunto pela primeira vez.
Foto: Pablo Teixeira