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O Symbolica já nasceu grande. Formada em Urussanga pelos catarinenses Diego Bittencourt (guitarra e vocal gutural), Zeka Junior (guitarra) e Lucas Pavei (baixo), a banda conta com dois membros de renome no cenário do heavy metal internacional: o vocalista Gus Monsanto, que já gravou com Adagio, Takara, Revolution Renaissance, entre outros, e o baterista Marcelo Moreira, do Almah e Burning In Hell. O Rifferama conversou com os talentosos guitarristas do Symbolica, que falaram sobre o disco “Precession” e dos planos para o futuro. Ouça “Enjoy the Ride” e conheça uma das melhores bandas do Brasil.
Rifferama – Como foi o processo de formação do Symbolica?
Zeka Junior – A ideia da banda vem desde a época da Enforcer, banda que eu e o Diego tocávamos em Criciúma. Saímos e resolvemos montar outra com uma proposta diferente. Começamos a pesquisar pessoas que pudessem somar e acabamos no nome do Gus Monsanto. Mandamos uma trilha pra ele, que achou interessante colocar o nome dele no projeto e começou a parceria a partir daí. Gravamos uma primeira música com ele e o baterista antigo, depois achamos o Marcelo Moreira. O Lucas Pavei é um amigo da nossa região.
Rifferama – Como vocês se reuniram para gravar o disco “Precession” (2012)?
Zeka Junior – As pré-produções fizemos com o Adair Daufembach. O Moreira gravou as nove músicas em dois em São Paulo e o resto gravamos em Urussanga. Foram duas semanas e meia. O Gus veio, gravou as partes dele em cinco ou seis dias, retornou para o Rio de Janeiro e finalizamos as guitarras e o baixo. A pós-produção foi toda feita em São Paulo com o Adair. Foi bem tranquilo, bem descontraído. Era janeiro, a casa estava livre para gravar. Quando alguém cansava tomava um banho de piscina, fazia um churrasco. Foi bem bacana.
Rifferama – E como o disco foi recebido pelo público e crítica?
Zeka Junior – A recepção está sendo bem interessante, tanto aqui como fora. Tanto que o clipe para “Enjoy the Ride”, o primeiro single, ficou por três semanas no primeiro lugar do Headbangers Ball da MTV do Chile. Foi uma surpresa para nós.
Rifferama – Quais são as influências do Symbolica?
Diego Bittencourt – Cada integrante da banda tem a sua peculiaridade. O Zeka é mais hard rock, eu sou o cara mais do metal, o baixista gosta de thrash e jazz, o Moreira é conhecido no Brasil todo pelo metal melódico e o Gus é um cara mais hard rock, mas ele já gravou também bastante disco de metal melódico. Juntamos tudo isso e fizemos um som com bastante influência de Nevermore, Testament e Evergrey, mas não copiamos nada.
São influências que traduzimos na hora de compor. Não dá para rotular o som do Symbolica. Durante o disco você consegue escutar um pouco de tudo. Thrash, power metal, heavy tradicional, melódico. Eu odeio esses rótulos. Para mim tudo é heavy metal. Infelizmente a mídia trata dessa forma, então digamos que o Symbolica tem um pouco de tudo.
Rifferama – Os vocais guturais surgiram na hora de gravar ou vocês já tinham essa ideia?
Diego Bittencourt – Isso foi uma coisa pré-concebida. Já fazíamos no Enforcer. As últimas músicas que gravamos para o nosso CD (do Enforcer) já tinham bastante vocal gutural e o acréscimo das guitarras de sete cordas. Foi uma coisa natural. Espero que no próximo disco tenha mais. É uma coisa que estamos estudando fazer. Principalmente ao vivo desperta bastante interesse na galera. Além do que, o tipo de voz que faço não é atonal, é um pouco diferente do padrão que tem sido feito.
Rifferama – Em bandas que os membros são de lugares diferentes fica meio difícil de juntar todo mundo. Qual é o futuro do Symbolica?
Zeka Junior – Estamos finalizando essa turnê com o Mike Terrana e vamos começar a pré-produzir o próximo disco, que provavelmente será gravado somente em 2014, com a mesma formação e talvez algumas surpresas de contatos que estamos fazendo a partir de agora, mas vamos deixar em aberto por enquanto as participações no CD.
Rifferama – O clipe “Awake the Wrath of Angels” é sensacional. Como foi gravar na Serra do Rio do Rastro e como tem sido a repercussão?
Zeka Junior – A história do clipe vem de longa data. Há aproximadamente 20 anos eu tinha a ideia de fazer um clipe na Serra do Rio do Rastro. Banda aqui, banda ali, aí quando surgiu o Symbolica senti que era algo sério e que dava para produzir. Fizemos no mirante no primeiro dia e houve alguns imprevistos, como atolar caminhonete e ficar até de noite, mas nesse imprevisto surgiu uma coisa positiva. O rapaz que nos ajudou disse que era dono de um cânion (Cânion do Funil) e nos cedeu o espaço. O resultado foi excelente. Em menos de um mês já são mais de 12 mil views. Para uma banda independente, sem contrato com gravadora, está sendo bem produtiva a repercussão.
Rifferama – Para fechar a conta, qual é o riff preferido de vocês?
Diego Bittencourt – Gosto muito do riff do refrão da música Born (do Nevermore). Acho aquilo fantástico, de arrepiar. Sou muto fã do Jeff Loomis, já estudei muita coisa dele, mas tento ao máximo não tocar isso no Symbolica, mas vez ou outra escapa um fraseado meio parecido. É um cara que respeito muito.
Zeka Junior – Não tenho como não dizer James Hetfield. Cresci fanático pelo Metallica. Sempre foi uma inspiração. Não vejo um frontman que toque base tão forte, com pegada, como o Hetfield. Tive a oportunidade de algumas vezes poder trocar uma ideia com ele e, quando o músico é receptivo e simpático com o fã, a gente acaba virando mais fã ainda. Não tem como não falar de Master of Puppets e Ride the Lightning, os discos inteiros.
Sonzeira meu jovem!!!!
Adoro esse blog, continue assim!!!!
Massa! Ainda preciso pegar um show ao vivo deles. Também gostaria de ouvir mais sons deles com velocidade e guturais, hehe!
Rapaz.. esse clipe deles ficou animal! sucesso pra banda!
O clipe é realmente fora de série, sem falar que o som também é animal!