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Em 2015, depois de passar pelas bandas Parachamas e Mundo Alto, com dois álbuns, quatro EPs e um split (ao lado do Autoramas) gravados entre os dois grupos, o cantor e compositor Alexandre M., de Blumenau, começou o seu projeto mais importante na música. Com o Acidental, o artista catarinense lançou dez singles até 2018, quando divulgou uma coletânea de 16 faixas. O primeiro disco de inéditas, “Objetos arremessados pela janela”, produzido durante a pandemia, em São Paulo, saiu em maio de 2021, incluindo prensagem em vinil e CD. O material rendeu ainda três videoclipes para a divulgação do álbum, que segue repercutindo. O EP “Objetos acústicos”, apresentado no dia 1º de janeiro, encerra essa fase, que pode ter mais um trabalho audiovisual.
Com quatro faixas, “Pesadelo na cidade”, “Amarela”, Nada demais” e “Dentro de um outono”, todas compostas por Alexandre M., que gravou as vozes, os violões e o piano elétrico, o EP traz uma sonoridade (ainda) mais introspectiva para as canções do Acidental, com um clima sombrio e afinação meio tom abaixo. “Objetos acústicos” foi gravado em novembro de 2021 e mixado e masterizado em julho de 2022 por Paulo Senoni, parceiro em outros projetos. Em contato com o Rifferama, o músico informou que está trabalhando no próximo álbum, que está com a produção bem encaminhada e deve ser lançado em 2024, com pelo menos um single liberado neste ano.
— A ideia de fazer esse EP veio para dar um resgate no álbum e entregar alguma coisa nova, mas ainda com as músicas do disco. Não sei se são as minhas preferidas, mas escolhi quatro faixas que eu sabia que ficariam legais nessa proposta de voz e violão. A proposta era fazer um material para fechar esse ciclo do “Objetos arremessados pela janela”, um passo final do disco. Talvez eu faça um videoclipe para marcar o desfecho dessa última ação. Já tenho um segundo álbum bem adiantado, falta finalizar alguns arranjos e gravar as vozes oficiais. Esse disco vai seguir bastante a ideia do primeiro, falando da identidade, tanto visual, de capa, quanto sonora também, não vai parecer como se fosse outra banda. Estamos sem pressa para terminar.
Foto: Gil Gonçalves
