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Artista de rua e nômade, Jønathan faz rap com cara própria

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Se tem uma palavra que pode descrever Jonathan Wagner Guimarães é independente. Artista de rua, poeta, multi-instrumentista e nômade digital (também é programador), o músico, que é natural de São João del-Rei (MG), a terra dos sinos, se acostumou a fazer tudo sozinho. O MC e produtor Jønathan é radicado desde 2021 em Florianópolis, após uma breve passagem por Curitiba, onde começou o seu trabalho autoral com a gravação de uma live session com três faixas — dois blues e um rap. A estética do mineiro, que é frequentador da Batalha da Central, no Campeche, Sul da Ilha, tem como base a cultura hip hop e se mistura com outros gêneros, como o já citado blues, mais o reggae e o samba. O diferencial da obra de Jønathan, que é responsável por todo o processo artístico, incluindo a distribuição (tem o seu próprio selo, Manjericão Roxo), é a textura orgânica.

“Um sonho só morre quando a gente desiste”, terceiro EP do artista, lançado em 18 de abril nas plataformas digitais, tem a guitarra como elemento central, mas Jønathan ainda tocou baixo e teclado nas músicas, além de criar as batidas, fazer a captação, a mixagem e a masterização do material, que tem três faixas e as suas respectivas versões instrumentais. Esse formato, que foi utilizado em “Coração escangalhado” e “Eu sou a estrada”,  parcerias com o irmão e conterrâneo João Pedro Sanson, tem como objetivo valorizar o seu trabalho como produtor e instrumentista. “Cada beat é uma peça única, por isso sempre incluo as versões instrumentais para evidenciar as melodias e arranjos”, afirmou. O desafio agora é apresentar essa musicalidade ao vivo e sozinho: por enquanto o músico só toca guitarra nos shows. Em contato com o Rifferama, Jønathan falou sobre a sua forma de criar e a sua discografia eclética.

— Eu mesmo produzo tudo. Como tenho facilidade com computador, fui evoluindo na mixagem e masterização, hoje faço produções para outros artistas também. Consigo na composição pensar na mixagem, na hora de fazer o arranjo pensar na letra e na hora de colocar o sample já pensar na atmosfera que quero criar. Eu tento prezar sempre por um rap orgânico. A guitarra foi o meu primeiro instrumento e aparece mais no meu trabalho. Os instrumentais são uma obra à parte. Tenho tentado a cada lançamento fazer uma peça manufaturada mesmo. Sinto que isso deixa a música original. Sempre fui artista de rua, me sustentei muito tempo passando chapéu no chão pelas cidades históricas de Minas, nas férias de estudo ou de transição de uma cidade pra outra. A arte de rua tem de tudo, é muito misturado. Eu tocava de Sabotage e Luiz Gonzaga no violão. 

Foto: Letícia Castro

Daniel Silva é jornalista e editor do portal Rifferama, site criado em 2013 para documentar a produção musical de Santa Catarina. Já atuou na área cultural na administração pública, em assessoria de comunicação para bandas/artistas e festivais, na produção de eventos e cobriu shows nacionais e internacionais como repórter de jornal.

3 Comentários

  1. Sou fã

  2. Valeu Rifferama!!! Seguimos no corre independente !!!

  3. Que orgulho de você . Maioria chama de Foguinho,ou Fuego. Eu prefiro chamar pelo nome que eu mesma escolhi pra ele JONATHAN!
    Meu filho, meu primogênito, meu orgulho. Agradeço a Deus pelo seu talento, pela dia vida! Te amo!!!!

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