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Bea Fagundes faz MPB pop no primeiro álbum “Traços musicais”

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A cantora e compositora Bea Fagundes foi contemplada pelo edital Herbert Holetz 2021, do Fundo Municipal de Apoio à Cultura de Blumenau, para gravar o seu primeiro álbum, “Traços musicais”. A estreia em disco atrasou um pouco. Em virtude da pandemia, o prazo para finalizar o projeto foi alterado para setembro deste ano. Com mais tempo para trabalhar no seu debute, Bea conseguiu trazer outros músicos para somar nos arranjos, como os violonistas Ricardo Pauletti e Samara Líbano, completando o time que contou com Fabiano Sevegnani na guitarra, Oscar Silva no baixo, Mayla Valentin na percussão, João Paulo de Souza (JP) na bateria e Paulo Henrique Wolodozelik na flauta transversal. “Traços musicais” foi produzido no Emme Studio por Junior Marques, que também foi o responsável pelos arranjos e teclados. Seguindo a nova data do edital, a artista liberou seis canções como singles no mesmo dia (15 de setembro), mas as oito faixas do álbum devem ser compiladas em breve em um único lançamento nas plataformas digitais.

A expectativa por apresentar o primeiro trabalho autoral fez com que Bea se preocupasse com os mínimos detalhes para levar o melhor resultado ao público. A cantora, que também é violonista, fez preparação vocal com Mareike, processo que fez toda a diferença na gravação do disco. “Fomos parte por parte de cada música, melodicamente, musicalmente, com a letra, algumas ia mudando o que queria dizer”, contou. O repertório é diverso, principalmente na questão do tempo: algumas canções foram escritas quando a artista tinha 15 anos e outras com 20 e tantos. O desafio da produção foi fazer com que o material tivesse uma unidade. E esse é um dos grandes acertos da parceria com Junior Marques. Mesmo com uma sonoridade voltada para a MPB e o samba, “Traços musicais” soa moderno e pop. Em contato com o Rifferama, Bea Fagundes falou sobre a sua estreia.

— O disco foi feito pelo edital de 2021, foi possível a contratação de músicos de Blumenau e região, depois foram incluídos alguns músicos específicos, em dois sambas, um arranjo do Ricardo Pauletti e a Samara, que é violonista da Roberta Sá e Teresa Cristina. Todas as músicas eu tinha composto antes de 2021, mas o processo de gravação e execução do projeto tive preparação vocal da Mareike, que fez toda a diferença. O Juninho (Marques) veio com uma roupagem mais moderna, que é a característica da produção dele. A escolha por trabalhar com ele foi justamente por isso. O Fabiano (Sevegnani) é um dos melhores guitarristas da região, muito estudioso. Fiz as composições sozinha, mas depois acabou se tornando algo muito maior e melhor. Como é o meu primeiro trabalho, são muitos momentos diferentes (de composição). Tentamos deixar tudo meio que encaixado para não ficar um trabalho muito separado uma coisa da outra. É tudo bem MPB, mas com um pezinho na nova MPB, algumas bem radiofônicas, outras mais samba, mas acho que todas acabaram se conversando.  

Ficha técnica

Composição, letra e música: Bea Fagundes
Produção musical, arranjos e teclados: Junior Marques
Voz e violão: Bea Fagundes
Guitarra: Fabiano Sevegnani
Baixo: Oscar Silva
Percussão: Mayla Valentin
Bateria: JP Batera
Violão 7 cordas: Ricardo Pauletti e Samara Líbano
Flauta transversal: Paulo Henrique Wolodozelik
Preparação vocal: Mareike
Arte do disco: Tay Gerent

Foto: Sabrina Marthendal

Daniel Silva é jornalista e editor do portal Rifferama, site criado em 2013 para documentar a produção musical de Santa Catarina. Já atuou na área cultural na administração pública, em assessoria de comunicação para bandas/artistas e festivais, na produção de eventos e cobriu shows nacionais e internacionais como repórter de jornal.

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