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A Cambirela lançou o primeiro single, “Submerso”, e o EP “Nós” em março e abril de 2023. De lá para cá, a banda de Palhoça gravou uma live session para o coletivo A Bolha e mudou metade da formação: João Carlos de Souza (guitarra) e João Pedro Teles (baixo) completam o time que tem Arthur Paim (voz, guitarra e sanfona) e Vítor Folster (bateria). Em abril deste ano, o grupo divulgou “O pedido”, faixa que encerra um capítulo da história do quarteto. Escrita na mesma época que os sons presentes no registro de estreia, a música não rompe com o estilo da Cambirela, mas traz uma sonoridade mais trabalhada, com uma dose de peso que ainda não tinha aparecido no repertório da banda. A produção, captação, mixagem e masterização é de Thales Stipp (Little Room Studios), que já tinha colaborado com o quarteto em “Submerso”.
A estreia da nova formação aconteceu em junho, com o grupo dividindo o palco com Menores Atos, no Desgosto, mas apenas o guitarrista participou das gravações de “O pedido”. A entrada dos integrantes alterou o processo de criação da Cambirela. Antes, as ideias eram divididas entre o vocalista e o baterista, geralmente, agora a dinâmica consiste em envolver todos na composição das canções. O objetivo do grupo, segundo o vocalista, era fazer um álbum para o próximo lançamento, mas esse projeto deve ficar para depois: um segundo EP deve chegar antes disso. Sobre o último single, o músico destacou a produção de Thales Stipp, que teve liberdade para experimentar na mixagem e na masterização. Em contato com o Rifferama, Arthur Paim falou sobre a diferença entre “O pedido” e “Nós” e também comentou sobre esse fim de ciclo na Cambirela.
— Queremos gravar com a nova formação o quanto antes. Estamos compondo e com várias ideias para músicas. Passamos um fim de semana juntos trabalhando em novas composições, a conexão como amigos está num nível interessante. Encaramos o single como um encerramento de ciclo. Ele tem novos elementos, mas também tem uma estrutura semelhante das músicas que a gente lançou no EP. Começa de boa, cresce, tem o refrão, dá uma acalmada pra voltar com tudo. Uma coisa que difere é o final bem pesado, tem uma distorção a mais, um solo nervoso, é mais incisivo. A dinâmica de composição era basicamente o Vitinho (baterista) e eu complementando a ideia um do outro, agora temos novas percepções musicais e conexões como banda. Nosso próximo passo é jogar coisa nova na área, queremos lançar mais coisas.
