Carolino faz rock baião com sotaque mineiro em “Carolino”

O Rifferama tem o apoio cultural da 30 Por Segundo, Habrok Music e Mini Kalzone

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Para contar um pouco da história do álbum “Carolino”, lançado nesta sexta-feira (11) nas plataformas digitais, precisamos voltar alguns anos no tempo e ir para Uberlândia (MG). Em 2012, o cantor e compositor Guilherme Carolino conheceu os irmãos Samuel e Mauro Fontoura, que formaram o duo Muñoz e fixaram a banda em Florianópolis. Carolino, que já tinha morado por aqui, retornou para Santa Catarina e dividiu o teto durante cinco anos com a dupla, que foi fundamental na realização desse projeto: a ideia de gravar essas composições partiu deles e o trabalho foi produzido em 2019 no estúdio Infrasound Records. A mixagem e masterização é de Braz Torres Neme.

Como o processo de composição, produção e gravação levou dois anos, “Carolino” é um álbum que amarra bem as suas influências, que vão da música nordestina à psicodelia dos anos 70. O rock baião com sotaque mineiro, que se transforma às vezes em frevo ou até num bolero, evidencia a qualidade das canções e o talento da banda que o artista conseguiu reunir. Além de Mauro na guitarra e Samuel na bateria, Carolino (voz e violão) é acompanhado por Chico Abreu no baixo e Fabio Cadore na percussão. O disco, lançado com apoio dos selos Cena Cerrado Brasil e Alcalina Records, tem a participação de Diogo Costa na percussão e Emília Carmona e Karina Akashi nas vozes.

— Desde sempre tenho uma influência nordestina… Geraldo Azevedo, Alceu, Moraes, Elomar. Lá em casa a gente sempre foi aplicado a esse tipo de música, sem contar nos clássicos do rock 70. Comecei a fazer as músicas devagarinho, nem sabia que gravaria um disco um dia, aí tive contato com os meninos do Muñoz. Eles que me encorajaram a fazer isso. É uma longa amizade. Teve uma época que eles estavam ensaiando com o Chico e chamamos ele para fazer parte da banda, ele gostou das músicas e fomos gravando aos poucos, sem pretensão. Não fui procurando, as coisas aconteceram e juntou esse grande time. Foi bem natural.

Foto: Renan Casarin