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“Nebula”, primeiro álbum da Cosmic Void, lançado na última quarta-feira (27) nas plataformas digitais, apresenta uma nova banda, tanto na forma quanto no conteúdo. O grupo, que começou como um quarteto, com Daniel Mansur (voz) e Patrick Padilha nas guitarras, Vinicius Salazar no baixo e Hugo Bayer na bateria, time que gravou em 2018 o EP de estreia, que acabou saindo três anos depois e teve produção de Alwin Monteiro, fazia um som mais próximo da estética setentista, entre o stoner e o metal. Agora em trio, com Padilha assumindo os graves e Mariel Maciel (Dirty Grills e Petit Mort) as baquetas, a Cosmic Void pulou uns 20 anos para compor a lista de referências de “Nebula”, que ainda soa pesado e barulhento, como no riffão sinistro da faixa título, mas também adicionou elementos do indie e do rock alternativo à mistura, soando mais acessível.
Com oito faixas, incluindo “Decay”, primeira colaboração de Mariel com a banda, que integrou a compilação Música e Arte Urgente Florianópolis #1, o álbum foi gravado apenas em dois dias, 28 e 29 de janeiro deste ano, no AeroTullio Sound Distillery, com produção do próprio grupo, mixagem de Leandro Lazzarotto (Bizibeize) e masterização de Júlio Miotto. O trabalho, que tem a arte da capa feita por André Paes, contou com as participações de Jéssica Gonçalves e Fernando Portela nos vocais de apoio nas músicas “Fatal” e “Vampire”. Em contato com o Rifferama, o vocalista e guitarrista Daniel Mansur comentou sobre a entrada de Mariel Maciel na bateria e fez um paralelo entre as sonoridades dos dois registros da Cosmic Void. A única coisa que não mudou foram as letras. “Elas flertam com o surrealismo e uma coisa meio existencial. O resto é só evolução. A gente vai escrevendo mais música e vai ficando melhor”, pontuou.
— Eu sempre fui fã da Mariel, a minha namorada trabalhou com ela, tinha ido em vários shows da Menage e chamei ela, achei que ia dar uma liga boa. Sempre gostei do jeito que ela toca, com intensidade. Eu acho que mudou completamente (o som). Está uma coisa mais indie, alternativo, tem gente que fala que parece Smashing Pumpkins ou Sonic Youth. “Nebula” é a única dessas músicas que a gente tocava com a formação antiga. Naquela época a gente tocava um pouco diferente, um tom e meio abaixo, afinação em dó sustenido. No primeiro EP tem faixa com 15 guitarras diferentes, a gente foi colocando mais coisa. Nesse álbum é uma faixa de baixo, uma faixa de bateria e uma faixa de guitarra, de vez em quando tem dobra nas partes mais pesadas, alguns solos estão dobrados também. É pra ser exatamente o que a gente faz ao vivo. Tudo o que tem ali é no máximo terceiro take.