O Rifferama tem o apoio cultural de 30 Por Segundo, Mini Kalzone, Camerata Florianópolis, Bro Cave Pub, Lord Whisky Distillery e Biguanet Informática
Contribua com a campanha de financiamento coletivo do Rifferama no Catarse
O cantor e compositor Pedro Vulpe lançou o EP “Move” (com distribuição pela Warner Music Brasil) em novembro de 2019, quando já estava morando em São Paulo. Como tantos outros artistas, o catarinense de Mafra teve seus planos adiados em virtude da pandemia. De lá para cá, Vulpe gravou uma versão para “Careless Whisper” (2020), de George Michael, divulgou um single e participou de uma canção de Isa Scheufler no ano passado, e em setembro apresentou o seu trabalho mais recente, “Life of Dreaming”. A faixa, captada no ZDrummer Estúdio, no Planalto Norte do estado, tem produção, mixagem e masterização de Léo Emocija, e faz parte do material que o músico está preparando para 2023. O plano é ter dois lançamentos no próximo ano, sendo um EP no primeiro semestre e um álbum no segundo.
Com dois EPs no currículo, Pedro Vulpe conseguiu com “Life of Dreaming” a sonoridade que sempre buscou dentro do folk. O single é inspirado no filme “Fitzcarraldo”, do diretor alemão Werner Herzog, que conta a história de um homem à beira da loucura que, por amor à música, faz um barco passar por cima de uma montanha. A ligação com a película é forte não só pela mensagem que o artista tentou capturar na letra, mas também remete a outra grande influência para o artista — Glen Hansard, da banda The Frames e também do duo The Swell Season, tem uma canção homônima ao filme. Em contato com o Rifferama, Vulpe falou sobre as referências por trás de “Life of Dreaming” e dos planos para o futuro.
— Tenho uma pira pesada com esse filme, que conheci por conta do Glen. Eu gostava muito da música homônima e fui atrás do filme para conhecer a história. Tem um documentário sobre o “Fitzcarraldo” que se chama “O fardo dos sonhos”, só essa frase já destrói. Gosto muito de lidar com essa dualidade da poesia entre aquilo que você quer e o quanto isso te custa. Acho poderoso falar disso. Cada um tem o seu barco, a sua montanha, mas foi muito pessoal para mim falar sobre isso, até que ponto eu vou em prol da minha música. Nos custa muito ser muito. Essa música faz parte de um projeto maior para 2023, algumas estão em período de produção, já foram captadas, arranjadas, escritas, outras estão saindo do forno, já são demos. Tudo isso vai culminar em um disco para o fim do ano. A vontade é essa.
