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A Decurso Drama vem construindo uma discografia sólida nos últimos anos. “Distopia proposital” é o quarto álbum da banda, que ainda tem dois EPs lançados, todos desde 2020. Divulgado no mês de agosto nas plataformas digitais via Urtiga Records, o novo material do grupo, que tem dez músicas inéditas, foi feito no estúdio Electric Meduza, em Brusque, com captação de Matheus Henschel, e traz a participação especial de Jéssica Gonçalves, das Dirty Grills, em “Stockholm Syndrome”. A parte instrumental foi registrada ao vivo entre 14 e 16 de junho por Rael Brian (voz e guitarra), Guto Fernandes (baixo) e Thiago Medeiros Navas “Foca” (bateria): a gravação dos vocais, mixagem e masterização ficaram a cargo do baixista, enquanto a arte da capa foi assinada pelo vocalista, que também é artista visual — no melhor estilo DIY (aça você mesmo), como sempre.
Essa foi a segunda experiência da banda gravando ao vivo. Foram dois dias para acertar tudo e captar as bases e outro para fazer linhas de guitarra adicionais (overdubs). “Cada música teve no máximo três takes, a gente escolhia o melhor e partia para a próxima”, contou Rael Bria. O álbum reforça a identidade da Decurso Drama, que se inspira na sonoridade do rock alternativo dos anos 90, punk, grunge, emo e grupos como Hüsker Dü, Fugazi, Dinosaur Jr., entre outros. Ter feito “Distopia proposital” ao vivo deixou a música do grupo ainda mais visceral e direta, sem perder as características que o trio, que está sem baterista no momento, carrega desde o começo, como melodias pop e dinâmicas dissonantes. Em contato com o Rifferama, o vocalista e guitarrista Rael Brian falou sobre o processo de produção do disco e a participação de Jéssica Gonçalves.
— É a segunda vez que gravamos ao vivo tudo valendo ao mesmo tempo. A base é toda ao vivo. Escolhemos trabalhar com o Matheus Henschel dessa vez porque bateram muito fácil as ideias sobre gravação com ele, que é fazer tudo junto e buscando tirar um som sujo e cru, para soar parecido com as referências que temos do rock alternativo dos anos 90. São músicas curtas e diretas, sem enrolação. Foi a melhor experiência possível, o Matheus sabia exatamente o que a gente queria. A mixagem e masterização foram feitas novamente pelo Guto sempre tentando soar natural, realçando apenas aquilo o que foi gravado, sem edições e efeitos. Teve um som que fizemos e não tinha vocal e desde o início a ideia era chamar a Jéssica para criar uma letra e cantar. Achamos elas uma das melhores bandas do Brasil com referências parecidas com as nossas. Ela aceitou o convite e criou uma letra e melodia foda que combinou com o nosso instrumental.
Foto: Carine Rech