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Fê Smania recomeça no rock e com banda no EP “UNILATERAL”

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Com dez anos de carreira, a cantora e compositora Fê Smania finalmente chegou onde sempre quis estar: no começo. Explico. Em 2018, quando apresentou as suas primeiras canções, a artista de Criciúma cantava em inglês e fazia um som com referências do folk. Por isso que o EP “UNILATERAL”, lançado no dia 3 de março, com a banda de rock que leva o seu nome, é considerado o marco zero dessa trajetória. Além do registro com as seis canções, disponível nas plataformas digitais, Fê Smania (voz), Paulo Roberto (guitarra), Raquel Xavier (baixo) e Luis Fernando Castagnetti (bateria, Skatula) um doc session, que além de trazer o repertório tocado na íntegra, mostra bastidores do processo de escrita e gravação do trabalho, com depoimentos dos músicos envolvidos.

A desenvoltura de Fê Smania soltando a voz em “UNILATERAL”, que tem uma pegada inspirada no emo, surpreende quando se descobre que o contato dela com o rock é recente — mesmo. A cantora cresceu ouvindo country e folk e foi relutante em fazer essa transição por falta de referências. Em 2022 aconteceu a virada de chave e outras influências começaram a chegar para a artista, como Esteban Tavares, menores atos, Paramore, entre outros. As músicas do EP foram escritas em parceria com o baterista Luis Fernando Castagnetti no formato voz e violão e depois levadas para a banda, que trabalhou os arranjos em conjunto à exaustão. Em contato com o Rifferama, Fê Smania falou sobre esse recomeço e as expectativas após essa mudança de direção estética.

— Algumas pessoas que me viam tocar diziam para eu escutar rock, que eu me identificaria com as letras e a sonoridade. Nunca tinha parado para ouvir a estrutura musical, eu estava empacada na minha escrita por não ter as referências certas. A participação da banda foi o diferencial, queria muito arranjar essas músicas como banda e fizemos vários arranjos para cada uma delas e por isso chegamos nesse resultado. Parece que agora estou exatamente onde deveria estar. Eu não conseguia expressar o que eu queria ser e passar com o folk, não tem aquele alívio na alma de fazer um show com banda. Me vejo uma artista formada hoje. Entendo que nunca mereci estar mais longe do que estava, eu fazia outro som, não estava sendo eu, faltava essa junção. Que bom que não brotei do nada em cima de um palco gigante. Cada parte da minha história foi importante para eu me formar como artista. São dez anos de história em que fui escadinha por escadinha para chegar até o andar zero. A partir daqui almejo grandes coisas.


Foto: CSL Estúdio

Daniel Silva é jornalista e editor do portal Rifferama, site criado em 2013 para documentar a produção musical de Santa Catarina. Já atuou na área cultural na administração pública, em assessoria de comunicação para bandas/artistas e festivais, na produção de eventos e cobriu shows nacionais e internacionais como repórter de jornal.

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