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Entre 2002 e 2004, Rafael Popini (voz) e Marcelo Lazzaris (guitarra) militaram na cena independente de Florianópolis com a banda Insurreição. A vontade de voltar a fazer som sempre ecoou na mente da dupla, que 15 anos depois gravaram o primeiro material, revisitando demos antigas no EP “Restrito ao caos”, pubicado em dezembro de 2019 nas plataformas digitais sob o nome Furial. Em virtude da pandemia, o grupo, que conta com Eduardo Stosick (baixo) e Ginho Bernardes (bateria), não conseguiu fazer um show de lançamento, mas seguiu trabalhando no próximo registro. A divulgação do EP “O sopro da extinção” começou em 2023, com a faixa “Memento (Não lembra de mim?)”, com a participação do Eutha, com direito a videoclipe. Em janeiro saiu o single “Com quem você pensa que está falando?”. O material está sendo gravado HD Music Studio, por Hique d’Ávila e masterizado por Alécio Costa, e tem distribuição pelo selo Electric Funeral Records.
“O sopro da extinção” tem ainda outras duas músicas. “Luto”, uma homenagem a Johnny Duluti, morto em 2021 devido complicações da Covid-19, traz Guilherme Coutinho, que foi companheiro do baterista e videomaker no Califaliza, dividindo o microfone com Popini, é o próximo single. A canção, que será apresentada em abril, fala sobre o paradoxo da tolerância, da falta de diálogo que acaba com as relações. “Tic tac” completa o EP, que deve estar disponível no dia 1º de maio. Em contato com o Rifferama, o vocalista Rafael Popini falou sobre o sentimento de retornar com a banda depois de 15 anos e também sobre as letras da Furial, cheias de referência e que fogem do lugar comum. “Os três que estão comigo são músicos fantásticos. É importante ter conteúdo e não simplesmente reforçar ou reproduzir algo que está sendo dito”, afirmou. O quarteto está planejando fazer o show de lançamento de “O sopro da extinção” ainda neste primeiro semestre.
— A gente foi obrigado a retomar esse projeto, retornar a essas raízes. O primeiro EP fizemos como uma forma de encapsular aquele momento, buscamos ser fiel ao som da época, tentando resgatar aquele período pra gente se reencontrar também. Foi um exercício interessante. Aquilo que produzimos na época ainda fazia sentido, por isso resolvemos gravar. Em abril vamos lançar “Luto”. Apesar de o Johnny ter tido pouca participação na Furial, foi uma referência na arte, motivando os demais a produzir. O Califaliza era uma banda que a gente gostava bastante. A letra a gente tentou ter um cuidado de ser bem preciso e sair um pouco do comum. A música retrata um diálogo entre um sujeito e alguém próximo a ponto de não conseguirem mais conversar em razão da intolerância sobre determinados posicionamentos, daí vem o luto, justamente de ver familiares ou amigos próximos não conseguirem dialogar. O luto também pode se transformar em luta.