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Grillo e os Mosquitos lança álbum diversificado e potente

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“Baga elétrica”, primeiro álbum da Grillo e os Mosquitos, lançado na última sexta-feira (21) nas plataformas digitais, é a fotografia de um diamante que foi lapidado por seis anos, segundo o guitarrista Pedro Germer. A pedra preciosa, no caso, é a música instrumental feita pelo trio, que conta ainda com João Peters (baixo) e Gustavo Grillo (bateria). Sem fazer uma reprodução do jazz, que tem uma boa fatia do repertório do disco, o grupo abraça outras vertentes, do rock ao funk, e passeando por brasilidades, para chegar a uma identidade própria. Com uma sonoridade bastante viva, uma execução potente e uma dose de irreverência, como a receita de “Creme de abóbora”, “Baga elétrica” foi gravado no estúdio da banda e foi masterizado por Maurício Gargel, conhecido pelos trabalhos para artistas como Emicida, Arnaldo Antunes, Liniker, entre outros.

Com 15 faixas, incluindo os singles “Traz o repelente”, “Marimbondo” e “Roubada” (Ao vivo), que também ganhou uma versão de estúdio, e três vinhetas, o álbum foi viabilizado parcialmente por meio de campanha de financiamento coletivo — foram 109 benfeitores no total. “Baga elétrica” é um disco colaborativo, não só nessa questão do apoio do público. A produção foi toda feita pelo trio no estúdio do grupo, em Florianópolis, e a mixagem ficou a cargo do baixista, mas o músico teve auxílio dos amigos na função. “Baga elétrica” confirma o ano de afirmação da Grillo e os Mosquitos, que em 2022 participou da Maratona Cultural, da 8ª Semana do Rock Catarinense, do Alma Festival e do Floripa Jazz. Confira os depoimentos de João Peters, Gustavo Grillo e Pedro Germer sobre o lançamento, que inclui um show no dia 18 de novembro, no TAC (Teatro Álvaro de Carvalho).

Encontramos um caminho autêntico para elaborar esse som instrumental que é funk, que é rock e que é jazz, só que não dentro do cercado do que a gente compreende enquanto música instrumental dentro do jazz. Fizemos de um jeito um pouco mais, talvez acessível, talvez jovem, talvez mais doidinho (risos). A gente não faz um som maluco, a gente faz um som autêntico. Depois de seis anos, conseguimos encontrar um caminho autêntico de fazer música instrumental e de fazer algo que é bem nossa cara. João Peters


Esse novo passo é o primeiro passo de tudo. É onde a banda sai de um lugar aéreo e hipotético para botar os pés no chão e começar a andar de fato. É quando a música chega antes de qualquer contato ou discurso — um momento crucial para qualquer grupo pois ele pode começar a se apresentar mais pelo som do que por qualquer outra coisa. Também é o momento de abertura para novas caminhadas criativas, seja na apresentação do álbum como na criação de continuações musicais das ideias que surgiram nele. Gustavo Grillo


Eu acho que esse passo na trajetória da banda ele demarca o fim de uma era o início de outra, esse álbum é uma fotografia desse diamante lapidado por seis anos. Estamos colocando os pezinhos agora, como uma banda instrumental autoral, que foge do padrão instrumental tradicional. Esse processo vai se moldando ao longo do tempo, um refinanciamento da identidade e que vai se refletir nos nossos próximos trabalhos. Pedro Germer


Ficha técnica

Produção: Grillo e os Mosquitos
Mixagem: João Peters
Assistência de mixagem: Gustavo Grillo e Pedro Germer
Masterização: Maurício Gargel
Produção executiva: Emanueli Dalsasso
Direção de arte, design e fotografias: Puroisland
Assistência de fotografia: Amanda Ramos e Rafaella Piazza

Daniel Silva é jornalista e editor do portal Rifferama, site criado em 2013 para documentar a produção musical de Santa Catarina. Já atuou na área cultural na administração pública, em assessoria de comunicação para bandas/artistas e festivais, na produção de eventos e cobriu shows nacionais e internacionais como repórter de jornal.

Um comentário

  1. É AS CARASSSS

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