O Rifferama tem o apoio cultural de 30 Por Segundo, Camerata Florianópolis e TUM Festival
Contribua com a campanha de financiamento coletivo do Rifferama no Catarse
Quem assiste Guilherme Ledoux executando temas psicodélicos com os Skrotes, uma das bandas mais originais do estado, formada em 2009 em Florianópolis junto de Igor de Patta (teclados) e Chico Abreu (baixo), pode não imaginar, mas o músico, professor, cineasta e surfista manezinho é um pesquisador dos ritmos brasileiros, sobretudo o choro. Além dos shows e gravações, o artista vem se dedicando nos últimos anos na elaboração do livro “Bateria no choro”, a primeira metodologia sistematizada para aplicar o instrumento nesse gênero musical. E você pode ajudar a tirar esse projeto do papel e remunerar os profissionais envolvidos (confira a ficha técnica abaixo). Está no ar uma campanha de financiamento coletivo no Benfeitoria onde é possível contribuir a partir de R$ 20 até R$ 25 mil, com recompensas diversas: adesivo, e-book, livro impresso, camiseta, ingressos para show e oficina, aulas particulares e mais. O prazo para apoiar encerra na próxima quarta-feira (10 de setembro).
A ideia para fazer o livro surgiu na primeira metade dos anos 2000, quando teve a oportunidade de aprender com dois mestres da música brasileira. As oficinas com Jorginho do Pandeiro e Oscar Bolão abriram os olhos do baterista sobre essa lacuna que existia. Na época, Ledoux participava de orquestra e tinha o conhecimento teórico para escrever partituras das formas de tocar o choro na bateria. Esses esboços foram o ponto de partida para a pesquisa, que se intensificou durante a pandemia. A obra, que já está pronta e tem uma versão impressa exibida como um troféu, é dividida em três módulos — introdução, choro (o ritmo e a roda de choro, o evento) e outros ritmos. “É um projeto inédito. Não existe um livro dedicado a uma metodologia ao choro. O meu livro tem muita potência tanto cultural e também para quem é curioso pela música brasileira”, comentou. Em contato com o Rifferama, Guilherme Ledoux falou sobre a importância da pesquisa que desenvolveu, que aborda questões históricas para além dos ritmos e partituras.
— Essa pesquisa dialoga com esse Brasil que faz questão de apagar os grandes compositores e quem de fato iniciou o choro, que são os artistas, compositores, maestros e maestrinas pretos ou mestiços, descendentes de escravizados, fazendo uma analogia com as rodas de hoje, em relação às mulheres, a ocupação das pessoas que estão de fato exercendo essa manifestação cultural. É um tema polêmico, de onde venho, um cara branco, roqueiro, do Sul do país, tem alguns temas complicados de eu me intrometer, mas trago isso no livro também. Existem muitas perguntas em volta desse gênero, algo que acho muito importante. É na dúvida que surgem as possibilidades e a gente pode seguir os caminhos. Transcrevi para a bateria ritmos e hibridismos, tem datas e características de cada época e uma lista com bateristas e percussionistas de choro, pessoas que contribuíram através dos tempos. É o projeto da minha vida.
Contribua
Ficha técnica “Bateria no Choro — Volume 1”
Revisão de texto: Marcelo Sola, Gilnei Silveira e Valéria C. de S.t. Ledoux
Revisão musical: Rodrigo Gudin Paiva
Ilustrações: Leonardo Furtado
Captação de áudio para as videoaulas: Luiz Maia (Jardim Elétriko)
Captação de vídeo: Diego Canarin e Guilherme Ledoux
Edição e finalização das videoaulas: Guilherme Ledoux
Fotos de divulgação e drone: Daniel de Granville
Projeto gráfico: Alexandre Schadeck
Diagramação: Guilherme Ledoux
Produção audiovisual da campanha: Bruno Dias
Marketing digital: Franco Rodrigo
Produção executiva da campanha: Mila Andriolli Tavares