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O rapper (?) Beli Remour nunca esteve para brincadeira. Autoproclamado “rei do auto-tune”, o músico de São José tem uma confiança inabalável no seu trabalho. Com uma vasta discografia, incluindo álbuns, EPs e singles com Kodak Ninja & Urso em Mandarim, Makalister e solo, Beli criou uma estética própria e vem aperfeiçoando a sua arte a cada lançamento. “Enterre meu coração na curva dos seus olhos”, liberado nas plataformas na última sexta-feira (4), avança sobre a sonoridade do disco anterior, “Galos e cerâmicas: Uma peça sobre o tempo”, um dos melhores de 2020, adicionando elementos de indie rock e psicodelia.
Produzido por Beli Remour e Goldened, o terceiro álbum solo do cantor e compositor traz as participações de 1LUM3, João Alquímico, Matéria Prima, Maydana, LAVOLTA, Makalister, FRAJ e Reis do Nada nos vocais, Bruno Silva no trompete e Caio Amato no saxofone. “Enterre meu coração na curva dos seus olhos” é acompanhado por sete clipes (entre dez faixas) dirigidos por Marília Pierro — assista no canal Almanak. Em contato com o Rifferama, Beli falou da dificuldade em classificar o estilo do som que faz atualmente, da parceria com Edilson Dourado (Goldened) e exaltou a parte audiovisual do seu novo trabalho.
— Esse disco é menor que o “Galos e cerâmicas” e menos torto também. É um álbum lindo, produzido inteiramente por mim e pelo Goldened. Fiz as baterias, as músicas e as letras, e a gente foi transformando no estúdio, criando, sem ditar o que ia acontecer. Não sei dizer que gênero é, está bem aberto para a interpretação. Algumas pessoas vão falar que é pop, pode ser, vão falar que é jazz também. A poesia dos clipes é absurda, são clipes colossais que têm tudo a ver com as músicas, que têm um instrumental incrível e a letra sempre quente. Além de toda a beleza da arte e da música, ela é 98% trabalho.
Foto: Marilia Pierro