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A Indigans, de Porto União, localizada no Planalto Norte do estado, vem nos últimos três anos trabalhando na construção da sua identidade artística e formação de público. Após o lançamento dos EPs “É… mas e daí? Todo mundo é estranho” e “Eu não me incluo aqui”, ambos em 2022, a banda que tem os irmãos Thiago Alexis (bateria e voz) e Ale Mattia (guitarra e voz) e o amigo de adolescência Guilherme Takezo (guitarra e voz) passou 2023 e 2024 em turnê pelas regiões Sul e Sudeste e preparando o álbum de estreia. “Quarto quieto”, divulgado na última sexta-feira (3) nas plataformas digitais, consolida a estética do trio, que mistura, melancolia, ambiência e vibração de subgêneros como shoegaze, dream pop e indie rock, e cita influência de Terno Rei, Adorável Clichê, Nirvana e outros grupos. O disco, que traz 12 faixas, teve cinco singles, todos com clipes (assista), e foi produzido pelos próprios integrantes: a mixagem e masterização ficaram a cargo de Ale Mattia.
“Quarto quieto” apresenta uma banda em ascensão. O álbum tem um conceito que passa não só pela música ou temática: a história está conectada também na parte visual (capas, clipes, cores, fotos, locais, figurinos, etc). E essa sonoridade mais madura se explicada pelo quanto a Indigans se dedica. Eles cuidam de tudo, seja da área técnica de gravação ao conteúdo que é publicado nas redes sociais. E os frutos desse trabalho estão começando a aparecer. No último fim de semana, a banda esteve em Blumenau e conheceu novos fãs, gente que veio de outras cidades e conhecia o repertório. Por ser de uma cidade pequena e distante dos grandes centros, o planejamento para tocar é diferente, e esse é o principal foco do momento — se conectar com esse público em crescimento na estrada. No dia 29 de novembro, a Indigans grava o seu primeiro DVD em show na cidade de União da Vitória (PR). Em contato com o Rifferama, Ale Mattia falou sobre “Quarto quieto” e o momento do grupo.
— Nos primeiros EPs cada um trazia as suas ideias e juntava as coisas. A principal diferença para o álbum é que a nossa composição agora é mais colaborativa, colocando a essência de nós três tocando juntos. O amadurecimento foi nesse sentido, de entender o que a Indigans representa. Todas as músicas foram inspiradas em coisas que a gente passou ou reflete muitas vezes, mas tentamos organizar isso numa trajetória de um personagem que nos representa. Ele tem esses altos e baixos, começa mais otimista, indo para um tom mais melancólico, às vezes tem uns pontos de rebeldia ou nostálgicos. Procuramos representar esses conflitos da mente do personagem como uma floresta, e o quarto quieto como um lugar seguro, mas de uma segurança meio falsa. A estrada deu uma vivência massa pra gente, estamos num momento bem legal de ter um retorno por parte do público. Cada vez mais pessoas estão conhecendo a gente. Vamos gravar o DVD e focar muito em show.
Foto: Thiago Alexis Mattia e Patrícia Bachniuk Kloc
Indigans,melhor banda das cidades gêmeas!!!Um vocal singular,que particularmente eu sou fã,e o instrumental muito bem elaborado,os piás são feras...e é impossível não se identificar com pelo uma das músicas...Indigans é muito Foda!!!