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Demétrio e Roberto Panarotto são personagens ímpares da cultura catarinense. Fundadores da Banda Repolho, grande nome da música alternativa e experimental do estado, há 30 anos em atividade (assista o documentário “Queremo róque!”) propagando a “colonagem cibernética”, os irmãos também atuam como um duo desde 2000. E trabalho não faltou em 2022 para esse projeto paralelo: os Irmãos Panarotto filmaram dois clipes, incluindo a superprodução para “Melô do Porco-Pizza”, lançaram dois EPs, sendo um de remixes, e fizeram shows em Chapecó, terra natal da dupla, e pela região de Porto Alegre. Além disso, Roberto participou do EP tributo à Banda Repolho gravado pela John Filme, que tem forte ligação com o grupo.
O EP “Remix” traz seis faixas do repertório dos Irmãos Panarotto escolhidas por Flávio “Flu” Santos, que também produziu “Artista de cena”. Esse material, segundo Demétrio contou ao Rifferama, estava finalizado no segundo semestre de 2021, mas saiu apenas em outubro deste ano. O registro conta com as participações de Carlinhos Carneiro (Bidê ou Balde) na música “Garota no telhado” e Bel Medula em “Óh vida, óh céus, óh azar”. O cantor e compositor chapecoense falou sobre a trajetória do duo, comentou sobre os trabalhos recentes e ainda citou a possibilidade de realizar uma apresentação ao lado de Roberto entre o Natal e o Ano Novo na cidade.
— O projeto Irmãos Panarotto caminha em paralelo à Banda Repolho. O Roberto e eu sempre fizemos coisas com música, nosso primeiro disco do projeto saiu em 2004 e foi gravado em 2000, durante o Fórum Social Mundial em Porto Alegre. Foi um disco que repercutiu, depois vieram outros três álbuns, mais os EPs, sem contar o filme que fizemos durante o momento em que estivemos na Europa, em 2006. Além dos três EPs, fizemos dois videoclipes, um com grana, do Elisabete Anderle, feito com equipe, em torno de 50 pessoas para montar a cena da janta, coisa com estrutura, drone, o caralho a quatro. O outro clipe foi feito a partir de colagens, que é uma característica das coisas que a gente faz. Se temos grana, a gente atua com grana, se não tem grana, a gente dá um jeito de buscar uma alternativa, sempre dialogando com outros nomes, principalmente no que tange à produção, para criar novas estéticas.
Foto: Eduardo Chagas