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Jeremias sem Cão reforça legado com álbum “Volta da brisa”

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Formada em 2001, em Biguaçu, a Jeremias sem Cão nunca deixou de existir. O lançamento do seu terceiro álbum, “Volta da brisa”, divulgado no dia 27 de junho nas plataformas digitais, encerra um hiato de quase 15 anos do último disco, “Carpe Diem” (2011) — o primeiro, “Metaphorai”, é de 2006. Nesse período, a banda liderada por JP Rodrigues (voz e guitarra) chegou a divulgar duas canções inéditas em 2018, com uma das formações que teve durante esses anos. “Volta da brisa”, que começou a ser construído antes da pandemia, traz novas parcerias e participações especiais, incluindo Moriel Costa (Dazaranha), foi gravado no Bárbaro Estúdio, em Florianópolis, e mixado e masterizado por Alexei Leão. O show de estreia do álbum acontece neste sábado (5 de julho), na Sala Multimídia do MIS/SC (Museu da Imagem e do Som de Santa Catarina), no CIC (Centro Integrado de Cultura). Os ingressos são limitados e estão disponíveis a R$ 35 na Sympla.

“Volta da brisa” reforça o legado da banda em misturar música e poesia. Além da parceria com Felipe Oliveira, que assina cinco das dez faixas do álbum com JP Rodrigues, o repertório traz o poema “Um instante”, de Ferreira Gullar (1930-2016). Esteticamente, o disco soa mais brasileiro, ainda que o rock e folk sejam as matrizes da sonoridade do grupo. A cozinha é um elemento central desse trabalho, que conta novamente com a precisão do baterista Rogério Wasielewski, integrante da formação original, o groove do baixista Dárick Lunardelli e a bagagem percussiva de Sérgio Coan. Mesmo ausente, Jairo Fernandes Lütz, ex-vocalista da banda, se faz presente com duas composições: a clássica “Opinião reciclada”, que já foi regravada pelo Primavera nos Dentes, e “Black Neon”, escrita a quatro mãos via WhatsApp. Em contato com o Rifferama, JP Rodrigues falou sobre o sentimento de colocar um novo álbum no mundo depois de tanto tempo.

— É uma realização bastante significativa na trajetória da banda, fecha um ciclo que se iniciou um pouco antes da pandemia, com verdades pandêmicas e pós-pandêmicas que vieram à tona.  É mais um passo em direção a nossa maturidade musical. Várias pessoas passaram pela banda e cada um que chega traz um pouco e cada um que vai leva um pouco. O som sempre dá uma mudada, são fases. O repertório foi surgindo de uma maneira espontânea, ao mesmo tempo a gente percebia que as músicas tinham uma conectividade de ideias e apelos de cada letra e canção. Não tem sensação melhor do que compor em parceria, esse sentimento de irmandade que é difícil explicar para quem nunca participou de algo assim. O Felipe é o maior compositor da nossa cidade, tem sempre uma solução. O Marcelo Alves era o nosso principal guia em termos de poesia e ele ocupou esse espaço com naturalidade e competência, espero que nossa parceria renda bons frutos.

Ficha técnica

JP Rodrigues: voz, guitarra e composições
Dárick Lunardelli: Baixo
Sérgio Coan: Percussão
Rogério Wasielewski: Bateria
Participações: Moriel Costa (voz), Nei da Berta (harmônica), Mauricio Peixoto (voz e guitarra), Diego Stecanela (teclado), Elis Regina Pedra (voz), Wagner Aquino (voz) e Gibran Romão (percussão)
Captação: Maurício Peixoto (Bárbaro Estúdio)
Mixagem e masterização: Alexei Leão
Arte da capa: Mayer Soares

Foto: Mariana Ester

Daniel Silva é jornalista e editor do portal Rifferama, site criado em 2013 para documentar a produção musical de Santa Catarina. Já atuou na área cultural na administração pública, em assessoria de comunicação para bandas/artistas e festivais, na produção de eventos e cobriu shows nacionais e internacionais como repórter de jornal.

Um comentário

  1. Grande trabalho, sou fâ do Jeremias Sem Cão.

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