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Joana Castanheira e o trabalho de uma vida em “Desapreço”

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Contribua com a campanha de financiamento coletivo do Rifferama no Catarse

“Desapreço”, terceiro álbum de estúdio da cantora, compositora, atriz, dançarina e figurinista Joana Castanheira, é um exagero. De cores, de drama e, sobretudo, de talento. Desde 2016, quando foi apresentada ao Brasil na quinta dição do programa The Voice, a catarinense vem formando a sua identidade musical com trabalhos de alto nível — além dos discos, Joana já lançou um álbum ao vivo, um EP visual e diversos singles (solo ou em participações). E nesse caminho, a artista já colocou a sua voz em canções de variados estilos: pop, folk, brasileira, pagode e até rap. Mas nenhum registro chegou no resultado de “Desapreço”, que saiu na última quarta-feira (18) de outubro nas plataformas digitais e com um visualizer para cada uma das 11 faixas no Youtube. “Fiquei maturando esse disco por quase cinco anos. Quando lancei o “Aparador” eu já queria ter gravado ele. “Desapreço” me representa como artista, é o trabalho da minha vida”, contou. 

Musicalmente, o álbum vem carregado de influências latinas, incluindo o bolero cantado em espanhol “Átame”, um prato cheio para a cantora demonstrar toda a sua extensão vocal e intepretação apaixonada. Acompanhada por músicos do nível de João Peters (baixo), que também fez a direção musical, Arthur Boscato (violão), Derli Júnior (piano), Riccieri Paludo (violoncelo), Rafael Nogueira (bateria) e Alexandre Damaria (percussão), a artista entregou o seu trabalho mais maduro até o momento, com belos arranjos e uma produção impecável. O time de compositores traz além de Joana, Peters e Arthur Boscato, Paulo Novaes, que contribuiu com duas canções e participou de “Ferida aberta”, Gabeu, que assina e canta “Impressão digital”, entre outros (confira a ficha técnica abaixo). “Desapreço” foi gravado no estúdio The Magic Place, por Renato Pimentel, responsável pela captação de áudio, mixagem, edição e masterização.

— “Desapreço” foi o trabalho que eu mais idealizei, que mais quis fazer até hoje. Acredito que seja por esse motivo que ele fique com esse apelo emocional tão forte. Essa energia que coloquei nele acaba sendo transmitida. Quando comecei o processo de composição, produção e gravação do disco, percebi que ele estava sendo feito majoritariamente por homens e isso me incomodou um pouco. Amo os homens com quem eu trabalho, eles são profissionais e pessoas incríveis, mas acho que é importante, principalmente pra mim, como mulher, abrir espaço para outras mulheres. Então, a partir desse momento, sempre que eu tive oportunidade de escolher entre profissionais homens ou mulheres, igualmente capacitados para funções que eu ainda precisava contratar no projeto, eu preferi contratar mulheres.

O show de lançamento de “Desapreço” será realizado no dia 14 de novembro, no Franz Cabaré, em Florianópolis. Na ocasião, a cantora e compositora fará a gravação do seu primeiro DVD e, para realizar mais esse projeto, a artista lançou uma campanha de financiamento coletivo por meio da plataforma Benfeitoria. Além cobrir os custos da captação e edição das imagens, o valor arrecadado será investido na prensagem do CD, na apresentação (banda, dançarinas e participações especiais) e também na produção das recompensas, com artes exclusivas de Isadora Machry e produtos como camisetas, ecobags, adesivos, imã de geladeira e taça. Contribua. Os apoios vão de R$ 20 a R$ 5 mil.


Ficha técnica

Joana Castanheira: Voz
João Peters: Baixo, coro e direção musical
Renato Pimentel: Captação de áudio, mixagem, edição e masterização
Arthur Boscato: Violão
Riccieri Paludo: Violoncelo
Derli Júnior: Piano
Rafael Nogueira: Bateria
Alexandre Damaria: Percussão
André Sthanke: Coro
Léo Vieira: Coro
David Toledo: Coro e participação em “Soneto de amor puro e simples”
Gabeu: Participação em “Impressão digital”
Paulo Novaes: Participação em “Ferida aberta”
Compositores (por ordem de aparição): Paulo Novaes (1 e 4), Cacau Correa (2), Léo Vieira (2), Henrique Goulart (3), João Peters (3, 5 e 9) Joana Castanheira (6 e 9), Gabeu (6), Aureo Gandur (7), Fred Sommer (7 e 8), Bruna Moraes (8), Matheus Laurentino (9), Rafael Puerta (10) e Arthur Boscato (10 e 11)
Luanda Wilk: Produção executiva
Tainá Bernard: Direção de arte e fotografia
Janaína Moreira: Design gráfico
Jhonny Braz: Beauty
Eder Sousa: Técnico de luz
Fernando Andrade: Assistência de vídeo
Selo: Baila Records
Distribuição: Ingrooves
Marketing digital: Dreamland

Daniel Silva é jornalista e editor do portal Rifferama, site criado em 2013 para documentar a produção musical de Santa Catarina. Já atuou na área cultural na administração pública, em assessoria de comunicação para bandas/artistas e festivais, na produção de eventos e cobriu shows nacionais e internacionais como repórter de jornal.

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