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John Mueller celebra Armandinho em frevo ao lado do próprio

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Gravar com grandes artistas da música brasileira não é novidade para o cantor e compositor John Mueller. Nos seus dois primeiros álbuns, “Por um fio” e “Na linha torta”, lançados em 2016 e 2018, respectivamente, o blumenauense colaborou com nomes como Cristóvão Bastos (piano), Jorge Helder (baixo), Kiko Freitas (bateria), Ricardo Silveira (guitarra), Guinga, entre outros. “Alvoroço”, single divulgado nesta quarta-feira (7), segue esse caminho, mas de um jeito ainda mais especial. O frevo, composto em homenagem a Armandinho Macêdo (A Cor do Som), criador da guitarra baiana, traz a participação do próprio tocando o instrumento pelo qual é celebrado. A canção também acompanha o estilo itinerante de trabalhar de Mueller, que já registrou as suas composições no Rio de Janeiro, em Florianópolis, no Recife e agora em Belo Horizonte. A produção é de Ricardo Gomes — veja a ficha técnica abaixo.

“Alvoroço” foi gravada entre os dias 13 e 16 de novembro, durante a sua participação no festival de mesmo nome, que teve atrações como Ná Ozetti, Jane Duboc (Bacamarte), Armandinho, entre outros. Mueller passou duas semanas na cidade, hospedado na casa dos produtores do evento, Fábio Dornas e Diana Mourão, fez outros shows e estreitou laços com músicos da região. A música surgiu a convite do produtor Ricardo Gomes, que sugeriu ao cantor e compositor que tivesse algo preparado para fazer um som com o baiano no estúdio. Comprometido com a oportunidade de tocar com um ídolo, John Mueller escreveu a faixa, um frevo simples e alegre, para animar o Carnaval. Em contato com o Rifferama, o artista falou da sua conexão com a música brasileira e a obra de Armandinho, além desse encontro inusitado.

— Apesar de eu ser um cara de Santa Catarina, de Blumenau, a minha música não conecta com o meu lugar. Tive uma banda de reggae nos anos 2000 e às vezes me pego pensando que nessa época foi a parte mais conectada com o meu lugar. Mas o reggae nunca bateu forte no meu peito, sempre gostei muito da cultura brasileira, da bossa nova, do samba, quando comecei a estudar pra valer, a gente começa a ir para outro lugares. O Armandinho é uma referência da guitarra baiana, um instrumento que ele mesmo criou, mandou fazer num luthier pensando num cavaquinho de cinco cordas, essa foi a história que ele me contou. Quando soube que o Armandinho estava chegando em Belo Horizonte, comecei a estudar as coisas na Bahia para deixar na mão, se precisasse. Mas nesse estudo, relembrando as coisas que eu tocava do Moraes Moreira, as coisas dele, antes de deitar veio a melodia pra mim, peguei o violão e era um frevo. O Armandinho ouviu, gostou e fomos para o estúdio gravar. Foi um aglomerado de gente pra homenagear ele. “Alvoroço” é que quando ele chega, ele bota pra ferver. 

Ficha técnica

Produção musical, arranjos e baixo elétrico: Ricardo Gomes
Participação especial: Armandinho Macêdo (Guitarra baiana)
Participações/Interpretações/Vozes: Nathalia Bellar, Carol Jongo, Patrícia Ahmaral, Aldrin Gandra e John Mueller
Bateria: Jefta Coelho Moreno Aguiar
Capa single: John Mueller e Fabi Félix
Distribuição e edição: Selo GRV
Foto: Isadora Manerich

Daniel Silva é jornalista e editor do portal Rifferama, site criado em 2013 para documentar a produção musical de Santa Catarina. Já atuou na área cultural na administração pública, em assessoria de comunicação para bandas/artistas e festivais, na produção de eventos e cobriu shows nacionais e internacionais como repórter de jornal.

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