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José Cardoso: o talento da guitarra da Serra em “New Ways”

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O guitarrista, produtor cultural e professor José Cardoso, de Lages, não é apenas um músico talentoso, mas também um divulgador do instrumento na região. Além de tocar, compor e gravar, com um álbum e dois EPs solo lançados, e trabalhos com bandas de rock e blues, o artista já produziu workshops de grandes nomes da guitarra na cidade como Juninho Afram (Oficina G3), Roger Franco, Dudu Pimentel (Brasil Papaya), entre outros. Em novembro do ano passado, Cardoso fez uma turnê por dez municípios do estado com o seu projeto Guitarras da Serra: Tubarão, Laguna, Jaguaruna, Içara, Criciúma, Capivari de Baixo, Palhoça, São José, Florianópolis e Santo Amaro da Imperatriz. A oportunidade de excursionar ao lado dos guitarristas Matheus Colossi e Diego Oliveira, do baixista Henrique Soares e do baterista Rafael Floriani resultou em “New Ways”, que saiu no dia 3 de fevereiro nas plataformas digitais.

O EP, gravado pelo próprio guitarrista, que também tocou baixo em duas faixas e fez a programação de bateria, traz a participação de Henrique Soares em “Luke’s Groove” e de Matheus Colossi, parceiro no Guitarras da Serra e também no podcast Manual da Música. Três das duas músicas do material, que foi mixado pelo produtor Dante Finardi, do estúdio Olho da Lua, foram compostas para a turnê. Em contrato com o Rifferama, José Cardoso falou sobre o processo de composição e a sonoridade do instrumental “New Ways”, terceiro trabalho solo do músico, que também tem o EP “Saudade” (2017) e o álbum “Passado contínuo” no currículo. O guitarrista também gravou com as bandas Nova d.C e o duo de blues Donna Dog, com a cantora Jéssica Lourenço.

— Coloquei esse nome porque a minha vida tem ido para caminhos bem diferentes profissionalmente desde a pandemia. Estou trabalhando com editais e projetos e tem tudo dado certo. São três composições minhas, a ideia de gravar foi por causa do Guitarras da Serra, eu queria fazer os shows com músicas novas. A principal influência é o o rock progressivo, mas sempre pensando no groove, na batida, na mistura da bateria com a guitarra. Gosto muito de guitarristas de funk dos anos 70, uma pegada mais suingada, claro que com a distorção fica um negócio mais metal, mas sempre pensando no groove e na melodia. Nos refrãos sempre penso em fazer algo para a pessoa cantarolar. 

Foto: Leandro Benedetti

Daniel Silva é jornalista e editor do portal Rifferama, site criado em 2013 para documentar a produção musical de Santa Catarina. Já atuou na área cultural na administração pública, em assessoria de comunicação para bandas/artistas e festivais, na produção de eventos e cobriu shows nacionais e internacionais como repórter de jornal.

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