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A Agoro é uma banca que começou as suas atividades em 2018 com um objetivo: colocar Chapecó no mapa do rap de Santa Catarina e também nacional. MK (voz), Vicari (voz), Theflip (DJ e voz), Borges (direção audiovisual), JonesNoBeat (DJ e beatmaker) e Smith (produção visual) tiveram um começo e tanto nos primeiros três anos, com 14 lançamentos, sendo 12 singles e dois EPs, “Âmago”, que saiu em 2020, e “Constante movimento da terra”, de 2021, quando divulgaram o clipe de “Deixa os garoto brincar”, que entrou para a lista de melhores músicas daquele ano segundo o Rifferama. Além dos trabalhos em grupo e parcerias, os integrantes MK, Vicari e Borges também atuam solo: a Agoro produz todo o seu material, das músicas aos videoclipes, passando pelo material gráfico, inclusive para outros artistas da região.
Após pouco mais de um ano sem atividades, a Agoro, que já abriu o show para o Costa Gold, um dos grandes nomes rap brasileiro, e se apresentou no Festival Magnólia, anunciou o retorno com o single “Escravidão moderna”, lançado em fevereiro com a participação de Leal, do PrimeiraMente, de São Paulo. A faixa, produzida por Vicari, mostra uma visão mais política da banca. Em contato com o Rifferama, Mauricio Borges (MK) falou sobre a trajetória da Agoro e a forma de trabalhar do grupo. O rapper, que em abril disponibilizou um audiovisual para “Lugar ao sol”, informou que está produzindo uma mixtape de trap solo enquanto o coletivo deve lançar pelo menos mais uma faixa no segundo semestre, com uma sonoridade diferente. Um álbum entre 12 e 14 faixas, envolvendo a galera da cena de Chapecó, também está nos planos.
— A ideia da Agoro sempre foi levantar o que é daqui. Todo mundo é de Chapecó e a produção é nossa, de clipe, mixagem, masterização, fazer o trampo e tentar levar algo da nossa região para o Brasil. A gente começou em 2018 criando umas rimas dentro do quarto, fazendo da forma que dá, e tivemos um retorno legal. Ficamos um tempo parados na pandemia e voltamos com “Escravidão moderna”, estávamos esperando o melhor momento para retornar com uma visão massa, de vida mesmo, mais política. Os próximos lançamentos estão no forno, temos um feat com um artista nacional que vamos soltar mais pro fim do ano, deve vir bastante coisa nova. Estamos buscando um alcance maior, estruturar melhor o trampo e pensando em encerrar o ano com um álbum para marcar esse novo ciclo, com a formação total da galera e a rapaziada da cena colando também.
