Luis Canela celebra parceria com Emílio Pagotto em single

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O cantor, compositor, multi-instrumentista e produtor musical Luis Canela (Felixfônica) é conhecido pela discografia variada, com canções de arranjos elaborados e letras impecáveis, grande parte delas escritas ao lado de Emílio Pagotto, com quem nutre uma amizade desde os anos 90. Mas nem todas as músicas da dupla nascem virtuosas. Longe disso. “Caça-níqueis”, último lançamento do artista, que saiu no dia 25 de março, fazia parte dos seus “sambas lixentos”, repertório que reúne esboços de harmonias e melodias, a fim de exercitar a criação. “Músicas feitas para soltar a mão”, afirma Canela, que além do parceiro contou com o talento de UBrother UB (percussão), Carlos Schmidt (trombone) e Rafael Calegari (baixo) para finalizar o single, que ganhou videoclipe produzido por Juliano Malinverni.

A história de Luis Canela e Emílio Pagotto é atravessada por diversos trabalhos. A dupla esteve junta no trio Cumbuca de Camelô, Canela tocou nos dois álbuns e nos shows do projeto No Dorso do Rinoceronte, de Pagotto e Silvio Mansani, e também fez a direção musical e os arranjos da peça “Paraíba Woman” (2007), sem falar na quantidade de canções que surgiram dessa parceria. “Caça-níqueis” foi gravada entre agosto de 2019 e dezembro de 2021, por Canela, que gravou voz, violão, sintetizador e cuíca, e Júlio Lemos. A masterização é de Alécio Costa. Em contato com o Rifferama, o artista falou sobre a relação com Emílio Pagotto e prometeu mais um single para 2022.

— “Caça-níqueis” já tinha uma estrutura boa, mostrei para o Emílio e ele deu uma burilada. Ele é genial para isso, mexeu também na harmonia e fez uma passagem no começo que não tinha, mudou um pouco do que eu tinha feito. A música foi para outro patamar, ficou muito legal. Ele é meu parceiro musical e amigo desde os anos 90, temos uma parceria consolidada. Estou preparando um novo lançamento chamado “Apertem os cintos, o roteirista sumiu”, sobre cinema e Brasil, fazendo uma analogia entre os nomes de filmes com a história cheia de percalços do nosso país. É uma música mais política, que não fala diretamente desse momento que a gente está vivendo, mas das deprês de sempre, desde que foi descoberto até hoje.