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A Cigarkills começou a fazer barulho em Florianópolis no ano de 2017, com Jessica Gonçalves (guitarra), Fernando Portela (baixo), Leandro Lopes (bateria) e Francis Covatti (voz), o último a se juntar ao grupo. O primeiro EP, “No One to Blame”, saiu na virada de 2019 para 2020 e apresentou o som do quarteto, ruidoso, com vocais berrados e aquela energia do rock de garagem. No dia 5 de outubro deste ano, a banda acrescentou mais um trabalho na sua discografia, “Tudo acaba um dia”, gravado e produzido por Jean Gengnagel no Estúdio Urbano. Com cinco faixas, o material, que saiu pelo selo Maxilar, de Gabriel Thomaz (Autoramas), traz algumas bem-vindas mudanças no pacote.
Começando pela sonoridade. As músicas da Cigarkills seguem a mesma pegada do EP anterior, gravadas ao vivo, com riffs pesados e microfonia, mas as composições receberam um tratamento melhor: a banda soa madura e ainda mais barulhenta, mas com uma qualidade de som superior ao primeiro registro, mesmo tendo trabalhado no mesmo estúdio. Outro ponto a destacar foi a transição das letras do inglês para o português. Enquanto “No One to Blame” traz três canções em inglês e uma em português, em “Tudo acaba um dia”, a proporção inverteu de três em português para duas em inglês. Em contato com o Rifferama, o vocalista Francis Covatti falou sobre esse novo momento do grupo e revelou que em janeiro será lançado um videoclipe para a faixa-título.
— Esse EP foi uma pegada diferente, mais cuidadosa. O primeiro foi mais ao vivão, nesse todo mundo tocou ao vivo, mas fizemos dois ou três takes e escolhemos os melhores, depois eu coloquei os vocais. Sentimos que o som deu uma amadurecida, as composições que estão vindo e a sonoridade da banda como um todo está ficando um pouco diferente, vai mudando. A partir de agora vamos ter mais músicas em português, é um norte que a gente escolher, pra nos expressarmos melhor. Com exceção de “Polvo”, que é uma música de amor, que escrevi a letra e a melodia vocal em 2019 com a Andrea (Busato, companheira de vida e de música no Moksha), todas têm essa carga um pouco de pandemia, anseios, coisas da vida, saudosas e energéticas, mas ao mesmo tempo o EP também ficou dançante.