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Marcelo Rizzatti prepara disco solo cheio de participações*

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*por Amcle Lima

Marcelo Rizzatti confessa um vício. “Eu tento me livrar do blues, mas não consigo”, diz ele, entre risos, sobre a sonoridade do seu mais recente single, “Inverdades”, lançado em dezembro de 2021. Esta foi a segunda canção apresentada, de um total de nove, que irão compor o seu álbum “A Impermanência das Coisas”, com lançamento previsto para março deste ano. A primeira música, “Cidade Fantasma”, um rock, também meio bluesy, veio a público justamente em março de 2021.

Apesar das duas primeiras faixas mostrarem um Rizzatti naquilo que sempre fez muito bem, ou seja, riffs de guitarra, blues e rock and roll, o compositor promete um disco eclético, assim como seu gosto musical. “O blues e o rock estão no DNA, mas poderia afirmar que não é um disco nem de um nem de outro estilo”, adianta. “Tem balada climática, rock mais pesado, funky blues, folk rock e até uma com pegada meio MPB”, esclarece. Marcelo é guitarrista da longeva banda joinvilense, Os Depira, que este ano completa 22 anos de atividade roqueira. Além disso participou de grupos como Radio Gump, Bendito Bem e tocou durante três anos na banda do lendário guitarrista Celso Blues Boy, até ele falecer em Joinville, em 2012.

O single “Inverdades” dá uma ideia do que será o álbum: um grande número de parcerias. O texto da canção é de Xikoneto. “Eu recebi a letra e comecei a tocar um riff com uma ideia de harmonia que eu tinha e, daquelas coisas meio mágicas, a música saiu de uma vez só”, comenta Rizzatti. Na gravação de “Inverdades”, Marcelo dividiu os vocais com Nuno Albrecht, vocalista de Os Depira. E assim será o novo disco. As composições tem parcerias com Fabio Rivero, da banda Bendito Bem, e com Katherine Funke.

A produção ficou a cargo de Eddy Rossi, da ER Produções, que gravou boa parte do instrumental. Participam também do disco figuras conhecidas no meio musical joinvilense, como a cantora Jussara Gossen e Parffit Jim Balsanelli (baixista de Os Depira e Cachorro do Mato), e nacional, como Pepe Bueno, da banda paulista Tomada. Quase todas as baterias foram gravadas por André Steurnagel em Blumenau, no Estúdio Bacca, de Emerson Mainhardt.

A canção “The Prophet”, entretanto, tem um tempero caseiro especial. A bateria foi tocada pelo filho de Rizzatti, Pedro Orthey. Marcelo disse que estava receoso de colocar o jovem, com então 17 anos, na pressão do estúdio, mas revela que ele se saiu muito bem. “Para mim foi uma grata surpresa ver ele desempenhando, concentrado, querendo dar o melhor”, acrescenta. “Daqui a pouco passa a perna no velho”, diz brincando, sobre Pedro, que lançou este ano o single “Slippery”.

No seu primeiro EP solo, “Recomeço”, de 2019, Marcelo Rizzatti fez a transição de guitarrista para cantor de suas próprias canções, num repertório em que metade das músicas eram instrumentais e outra metade com letras. No próximo disco, ele assume de vez a condição de cantautor, e promete apontar para um ecletismo musical. Por ora, é possível experimentar Rizzatti na sua melhor forma blueseira e rock and roll nos singles “Inverdades” e “Cidade Fantasma”.

Foto: Claudia Orthey Rizzatti

*Amcle Lima é marido da Janice, pai da Alice, do Pedro e do Samuel, foi baixista na extinta banda Dose do Dia entre 2008 a 2012 e desde então seguiu como compositor. Como jornalista colabora com a Revista Francisca e divide com o músico Ricardo Ledoux o papel de entrevistador no projeto “Reverbera em Casa”. Além disso é bancário e bacharel em Economia.

Daniel Silva é jornalista e editor do portal Rifferama, site criado em 2013 para documentar a produção musical de Santa Catarina. Já atuou na área cultural na administração pública, em assessoria de comunicação para bandas/artistas e festivais, na produção de eventos e cobriu shows nacionais e internacionais como repórter de jornal.

2 Comentários

  1. A parceria com o Rizza surgiu através do amigo Mário de Aguiar. Durante uma conversa sobre música na Expointer, Esteio, RS. Seu Mário falou-me sobre o Rizza, contou sobre a banda Os Depira e reverenciou o Rizza por sua dedicação. Certo dia nos apresentou no refeitório da Escola Agrícola em Pirabeiraba. Eu trabalho na escola e o Marcelo trabalhava na Fundação à época.
    Trocamos algumas ideias e o Marcelo comentou uma coisa um tanto difícil era compor a letra das músicas. Dias depois, passei alguns rabiscos meus para ele. A partir daí, já estamos na quarta música. A primeira foi Errante, Desviver, O Blefe e Inverdades. Ambos perdemos uma quinta letra que passei para ele já na rádio Cultura. Uma pena. Mas a parceria continua.
    Desejo muito sucesso à este grande amigo e parceiro!
    Xikoneto

  2. Parabéns, Rizza! Tens meu carinho, admiração, amizade e minha torcida pelo teu sucesso! ❤

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