Quando penso em bateria logo me vem à cabeça aquele cara que deixa todo mundo de boca aberta nos shows. Um músico que tem técnica, consegue ser sutil quando é preciso, mas também (e principalmente) sabe destruir o seu kit. Poucos bateristas têm a força do norte-americano Mike Terrana, 53 anos, que está no Brasil para a turnê “Revenge of the Cachaça”, com quatro datas em Santa Catarina. Depois de tocar em Urussanga ontem, dia 23, ele passa por Timbó, Florianópolis e São Bento do Sul.
Na Capital, Mike Terrana fará uma apresentação na Célula Showcase amanhã, a partir das 19h30. Os ingressos estão sendo vendidos a R$ 30 na loja Batuka Groove e na Escola de Música Rafael Bastos. A entrada na hora custará R$ 50. Os guitarristas Zeka Junior e Diego Bittencourt, do Symbolica, tocam na abertura do evento, que tem a produção do também baterista Marcelo Moreira (Burning In Hell e Almah).
A primeira vez em que ouvi falar de Mike Terrana foi em 2002, quando o Rage lançou o disco “Unity”. Fiquei impressionado como um trio (o alemão Peavy Wagner, baixo/vocal e o russo Victor Smolski, guitarra/teclado) podia fazer um som tão poderoso como aquele. Essa formação, uma das minhas preferidas, durou mais dois discos, infelizmente, e o baterista rumou para o Masterplan, mais uma de suas bandas alemãs.
Desde a sua estreia, em 1989, com o Beau Nasty, Mike Terrana colocou seu nome nos créditos de mais de 70 álbuns, de Yngwie Malmsteen a Tarja Turunen, passando por Kiko Loureiro, Axel Rudi Pell e seu trabalho solo – três discos. Até o começo de outubro, o baterista visita mais 12 cidades brasileiras (PR, SP, MG e RJ), oportunidade de ouro para os fãs de heavy metal e bateria.
Um dos solos mais legais que eu vi dele pode ser visto no DVD Live at Budokan do Malmsteen. Ele deve ter ficado com dor de cabeça depois do show. (Pra ter uma idéia do que me refiro é só dar uma conferida neste DVD).
O cara é fera demais.
Imperdível