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Morning Storm leva sonoridade do palco para o estúdio em EP

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Rian Rau (voz e guitarra) e Guilherme Pino (baixo) tiveram uma banda que se chamava Innervision (depois virou Undervision) e, em 2015, quando decidiram gravar algumas composições, o baterista pediu para sair. Com a entrada de Danilo Fagundes, que tinha um estilo diferente do thrash praticado pelo grupo, o trio batizado de Morning Storm trouxe influências do punk e hardcore do novo integrante e teve de adaptar o repertório e migrou para outro estilo, que pode ser classificado como stoner metal. O primeiro lançamento ocorreu em 2016, com o single e clipe de “Blood Is the Message”. A partir daí, a Morning Storm começou a divulgar uma faixa com vídeo por ano, fechando em 2021 o projeto “Dark Side”, com quatro músicas. No dia 27 de janeiro, a banda apresentou o segundo EP, “Failed Attempt to do Something Good”, gravado novamente no Digi Studio, em Blumenau.

O grupo repetiu a parceria com Victor Nunes, que já tinha trabalhado com o trio no EP de estreia, mas dessa vez a banda assumiu o controle da produção, principalmente na questão dos timbres, enquanto Nunes foi responsável pela parte técnica. Em contato com o Rifferama, o vocalista e guitarrista Rian Rau disse que o objetivo era levar para o estúdio o som explosivo (e barulhento) que a Morning Storm tem ao vivo. Além das três faixas, “Failed Attempt to do Something Good” tem uma música bônus, “Ghost Town”, que está prevista para sair em junho nas plataformas digitais. Com referências diversas, dos já citados thrash, hardcore e punk, a sonoridade também tem uma pitada de grunge, e foi definida por Rau como um cruzamento entre Pantera e Soundgarden. Já as letras trazem crítica social e política e relatos das experiências dos integrantes do grupo.

— Eu e o baixista tocávamos em outra banda, a gente tinha algumas coisas pra gravar, mas o batera tinha cansado da vida do underground e pediu pra sair. O Danilo apareceu e tivemos que adaptar para o esquema de tocar dele, mais cru, limpo, com notas mais certeiras. Começamos como thrash e pela característica do baterista o som ficou um pouco mais lento, mais sujo e mais pesado. Pegamos o mesmo produtor para o novo EP, mas esse teve menos a mão dele, tentamos fazer tudo nós mesmos. Conseguimos sujar bastante dessa vez, está com um pouco mais a nossa cara de show, a gente é bem barulhento, cheio de frequência sobrando ao vivo e tentamos trazer isso pra dentro do estúdio. Esse EP está bem diferente do que a gente fazia, temos fases, agora estamos numa pegada hardcore e estamos com três músicas novas, se bobear até o fim do ano vamos lançar uma demo com essas músicas mais rápidas, que é o que a gente está curtindo no momento.

Foto: Henrique Kunen Silva

Daniel Silva é jornalista e editor do portal Rifferama, site criado em 2013 para documentar a produção musical de Santa Catarina. Já atuou na área cultural na administração pública, em assessoria de comunicação para bandas/artistas e festivais, na produção de eventos e cobriu shows nacionais e internacionais como repórter de jornal.

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