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Obstinado, Ever Bronco ressurge com o álbum “Mano faturado”

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Quatro anos separam “Atividade dobrada”, primeiro trabalho completo de Ever Bronco, um EP em parceria com Matheus Bahls, de “Mano faturado”, seu álbum de estreia, lançado no dia 13 de outubro. Muita coisa mudou nesse período para o MC, que é natural de São José de Rio Preto (SP), mas vive em Florianópolis desde 2008. O resumo da ópera é o seguinte. O disco narra a trajetória de jovem pobre e criativo que conseguiu montar o seu estúdio para trabalhar com design e música, fazendo produções para outros artistas e tendo o controle da sua obra: em “Mano faturado”, Bronco fez as rimas, as batidas e as gravações das dez faixas, que tiveram arranjos de Leonardo Peretti e engenharia musical de Jhonattan Santos. Além disso, o rapper foi responsável por toda a parte de design e audiovisual — cada música recebeu um vídeo em 3D, com animação de Alex Cordeiro.

“Mano faturado” pode ter significados. O título vem de manufatura, ou seja, feito com as próprias mãos, mas também pode ser do mano que fatura, que ganha dinheiro com a sua própria arte, fase que Ever Bronco está começando a viver, recebendo os primeiros frutos desse trabalho que começou em 2012. O repertório do álbum ganhará os palcos no dia 13 de janeiro, com show oficial de lançamento no Haôma Baixo Centro Bar. Em contato com o Rifferama, o artista afirma que já está compondo para o próximo trabalho, mas que ainda não tem noção de nome ou de estética, em 2023 vem mais um álbum ou um EP por aí. Enquanto em “Atividade dobrada”, Bronco mandou um rap pesado e bastante crítico, “Mano faturado” chega com uma pegada mais do trap. “Esse é o caminho que estou vivendo agora”, afirmou.

— Compor é vital pra mim, estava compondo enquanto montava o estúdio, comprando equipamento, e falava sobre isso, de fazer com as próprias mãos. Ter esse controle é uma coisa que sempre gostei de fazer, sempre quis entregar tudo de mim numa obra. Por mais que eu não seja ainda aquilo que almejo ser um dia como designer e produtor audiovisual, é condizente com a minha realidade, o que posso fazer no momento. Com muita dedicação estou montando a minha gravadora, não dependo de ninguém para fazer o meu trabalho. Obstinado é isso, focado em fazer o meu. O conceito do álbum nada mais é que a transposição da minha vida para arte, não criei personagem, eu sou realmente isso. Esse momento parece que é o começo, antes foi um presságio, tudo o que fiz para chegar nisso. Por isso “Mano faturado”.

Daniel Silva é jornalista e editor do portal Rifferama, site criado em 2013 para documentar a produção musical de Santa Catarina. Já atuou na área cultural na administração pública, em assessoria de comunicação para bandas/artistas e festivais, na produção de eventos e cobriu shows nacionais e internacionais como repórter de jornal.

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