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Em 2021, o músico Luiz Augusto Lopes de Oliveira (Lalo) montou um estúdio em casa para gravar as suas composições. No começo, os sons saíram um pouco diferente da Echoe, banda de hardcore que teve nos anos 2000. O receio de cantar o levou a escrever faixas instrumentais, com referências do metal progressivo, mas logo a vergonha foi deixada de lado e o artista encontrou a sua voz e passou a fazer uma série de canções com base no punk rock e por vezes experimentando sonoridades com mais peso. Até o momento foram lançadas 23, mais uma versão de “We Can Work It Out”, dos Beatles. Somente neste ano, Lalo Oliveira divulgou 13 singles, sendo o último “Gaiola”, apresentada no último sábado (18). E o segredo pra tamanha produtividade não tem nada a ver com inspiração. “Eu sento e toco, não espero um momento para criar, eu brigo”, comentou.
Natural de Florianópolis, o multi-instrumentista e produtor tem um processo definido de composição. Geralmente, Oliveira cria alguns riffs que se encaixam em uma sequência, depois vem a estrutura das linhas de bateria (programada), que são somadas a quatro faixas de guitarra, para deixar o som cheio, então o baixo e por último o vocal. Entre a concepção da música e parte técnica, captação, mixagem e masterização, são até 15 dias de trabalho. Antes de subir o resultado para as plataformas, cada single chega a ter uma dezena de versões. “Escuto no celular, no computador, no fone de ouvido. Nunca confio na primeira opção, sempre a pior”, complementou. Apesar de os singles não fazerem parte de um mesmo registro, todas compartilham da mesma temática social e política nas letras. Em contato com o Rifferama, Lalo Oliveira informou que tem um EP pronto, que sai no dia 16 de dezembro, e está preparando um álbum para 2024.
— Não tenho um banco de músicas que vou fazendo e lançando aos poucos. Eu faço e marco o lançamento. O EP foi um processo diferente, fiz em julho ou agosto. Não tem muito segredo, é sentar na frente do computador, fazer alguns riffs e depois fazer a mixagem, que é o trabalho do artista que produz. Meu EP “A soma das partes”, com cinco músicas inéditas, tem todo um conceito, que vou divulgar quando começar a fazer a campanha dele. Eu só sei fazer esse tipo de letra. Desde a adolescência me envolvi com o punk e hardcore e, da mesma maneira, boa parte das minhas letras não tê um pingo de inspiração. Eu sento, penso em um texto e escrevo, faço os versos, vou lapidando. Sei algumas coisas que funcionam pra mim, o que gosto em termos de composição. O plano agora para 2024 é lançar mais singles e produzir um álbum inteiro, com 10, 12 músicas, talvez com uma versão física para mandar para as pessoas.
aee! valeu querido!