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O guitarrista, cantor e compositor JP Rodrigues, é responsável por duas obras seminais do rock catarinense: “Metaphorai” (2006) e “Carpe Diem” (2011, ouça no fim deste post). Com o Jeremias sem Cão, formado em 2001, em Biguaçu, o músico uniu o vigor e a inspiração do som dos anos 60, principalmente o blues e o folk, a poesias de Cruz e Sousa, Paulo Leminski, Marcelo Alves e outros autores.
Semserteza – Ser Semserteza (2020)
Nesse período de isolamento tenho tentado conhecer coisas novas (tanto nacionais quanto “importadas”). Justamente nesse contexto que conheci o “Ser Semserteza” (Semserteza). Um som que diz tudo, falando pouco. Trata-se de um trabalho fantástico produzido aqui em Santa Catarina e que persevera na missão de fazer uma música contemporânea que dialoga naturalmente com as raízes mais profundas da MPB, realizando isso como se fosse fácil… Excelente.
Milton Nascimento & Lô Borges – Clube da Esquina (1972)
Mas, apesar dessa curiosidade em descobrir coisas novas, nos últimos tempos tenho revisitado alguns álbuns clássicos da música brasileira. “Clube da Esquina”, de Milton Nascimento e Lô Borges, é um deles. Uma obra que consegue ser atemporal e como tal acaba se ressignificando ao longo do tempo. Fantástico.
Belchior – Alucinação (1976)
Outro clássico que não sai dos ouvidos é “Alucinação” (Belchior), que, diferentemente dos outros discos citados, é uma audição diferenciada por aqui uma vez que envolve toda a família… Acredito que por ter um sentido mais amplo em termos de indivíduo, e como toda obra de excelência (que é!), amadureceu com os anos e acabou por ganhar contornos de atualidade quase que proféticos! Daqui a pouco estou tocando no violão e a gente tá cantando. Ela tem disso também. Enfim, nesses tempos estranhos onde uma espessa nuvem de embotamento nos persegue dia após dia, estes álbuns absolutamente incríveis têm funcionado como uma espécie de bálsamo, de antídoto, ou mesmo cura para os males da alma…
Bônus: Jeremias sem Cão – Carpe Diem (2011)