Matanza tem uma legião de seguidores. Foto: Divulgação/Matanza

Rifferama Entrevista: Matanza

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O Matanza é um verdadeiro fenômeno. Sem o apoio da grande mídia, a banda liderada pelo vocalista Jimmy London, o gigante irlandês, criou uma legião de seguidores pelo Brasil e se tornou uma marca de sucesso. Além dos seis discos lançados entre 2001 e 2012, que trazem uma mistura de country com hardcore e heavy metal, som batizado de countrycore, os fãs do Matanza ganharam um festival próprio e podem degustar a cerveja que leva o nome do grupo, que se apresenta hoje, dia 16 de outubro, no John Bull, na Lagoa da Coinceição. O Rifferama conversou com Jimmy London, que falou sobre Rock In Rio, a relação da banda com Floripa, entre outros assuntos.

Rifferama – Mais um show do Matanza em Floripa. Quais são as tuas memórias dos shows daqui? Lembras quantas vezes a banda já se apresentou por aqui? Conheces alguma banda local?

Jimmy London – Não me vem à cabeça nenhuma banda da cidade agora, mas os shows aí são como sempre deveriam ser: rapaziada insana, diabas lindas e loucas e os camisas pretas se divertindo pra caralho. Tudo isso que a vida tem de bom. Quantas vezes? Que bom nem conseguir me lembrar mais quantas vezes já fomos para Floripa!

Rifferama – O último disco da banda foi o “Thunder Dope”. Como foi o processo de gravação dele?

Jimmy London – É um disco todo de musicas antigas, de antes do nosso primeiro disco oficial (de 2001). Músicas que nunca tínhamos conseguido terminar (ou lembrar…) e que fomos gravando a medida que íamos resolvendo como poderiam ter sido um dia. Uma das melhores coisas que já fizemos para nós mesmos. Lembramos dos nossos melhores tempos, em que as ressacas não tinham fim e a cerveja custava um real.

Rifferama – Quais são as influências da banda? Como classificas o som da banda e esse lado divertido que o Matanza tem?

Jimmy London – As influências todo mundo sabe, vão de Exploited a Johnny Cash. O fato de não nos levarmos muito a sério tem grande influência na questão da diversão. Fica tudo mais fácil quando você está mais preocupado em fazer as pessoas colocarem pra fora seus demônios do que com grandiosos solos de guitarra…

Rifferama – Os fãs do Matanza são bem fieis. Como é a relação de vocês com o público?

Jimmy London – Nós temos todo o respeito do mundo pelo nosso público. Nunca fizemos um show de qualquer maneira na nossa carreira, e acho que todos preferem não ter banda a fazer show pra “completar tabela”. Não ficamos preocupados em ficar fazendo juras de amor no meio do show, porque sabemos que isso qualquer um pode fazer. O que nos importa é que todos saibam que demos nosso melhor, mesmo que nosso melhor não seja grandes coisas.

Rifferama – Recentemente participasse da cobertura do Rock In Rio. O que achas do festival? Curtiu os shows?

Jimmy London – Achei tudo muito legal. Tive acesso a coisas que nunca teria se não fosse esse trabalho. Mas isso não tem nada a ver com o Matanza, essas são coisas que faço quando tenho tempo, e gosto muito de fazer. Assistir do palco os shows do Metallica e do Slayer foi o melhor presente que eu poderia receber, mesmo sem ser Natal.

Rifferama – Qual é o próximo passo do Matanza, os planos para o futuro?

Jimmy London – A banda nunca para. Sempre estamos fazendo um disco novo, uma cerveja nova, um DVD novo, um Matanza Fest novo… O que ficar pronto antes, nós mostramos pra rapaziada. Fazemos tudo muito amarradões, então nossas férias são compor um disco, por exemplo.

Rifferama – Tens um riff preferido, Jimmy?

Jimmy London – Bom, “Iron Man” é a encarnação viva de um riff de rock. Só com esse eu já fico satisfeito.

Daniel Silva é jornalista e editor do portal Rifferama, site criado em 2013 para documentar a produção musical de Santa Catarina. Já atuou na área cultural na administração pública, em assessoria de comunicação para bandas/artistas e festivais, na produção de eventos e cobriu shows nacionais e internacionais como repórter de jornal.

4 Comentários

  1. Eu vi na mesma noite velhas virgens e Depois o grande Matanza
    foi do caralho

  2. Eu já fui em show do Matanza no Johnbull.
    E posso te dizer que foi uma noite histórica, pois a abertura foi da Khrophus (Banda de Brutal Death Metal de São José). O John Bull estremeceu!!! hehe

  3. Tocamos com o Matanza no V Agosto Negro e vimos de perto tudo o que está escrito aqui... Uma banda poderosa ao vivo!!!
    Vale a pena mesmo...

  4. Esses caras são demais mesmo!! Pena o show aqui em Floripa ser em plena quarta-feira, sem dúvida vai ser o bicho.

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