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A Söödio, de cara, já causa expectativa pelos seus integrantes. Trio experiente (chamar de veterano é mal) no underground, com participação em bandas como Os Ambervisions, Yucca Flats, Motel Overdose, entre outras, Amexa (voz e guitarra), Gigante (baixo) e Bicaco (bateria) começaram a fazer um som com o objetivo de fazer um som que fosse o mais caótico e sujo possível: tem noise, hardcore e industrial na mistura. O grupo de Florianópolis, na verdade, retoma um projeto antigo que o vocalista e o baixista tinham que se chamava Produto e já trabalhava na criação de uma música experimental e barulhenta, fora dos padrões do rock. Do show de estreia, em novembro de 2023, com Eutha e Dirty Grills, na Célula Cultural, para o lançamento da primeira música, “Colorir”, que foi publicada inicialmente no Instagram, a Söödio levou um ano. A faixa, que ganhou um vídeo animado, foi gravada para uma coletânea do MAU – Música e Arte Urgente que será lançada em breve.
“Colorir” foi escrita em tributo a uma banda de mesmo nome, que fazia música livre e influenciou a forma que Amexa compreende a arte. Para além desse single, o trio gravou um EP chamado “Barulho 001”, que foi produzido em parceria com Beto Fonseca, no Estúdio Um Lugar, no Rio Tavares, e traz arte gráfica assinada pelo quadrinista Galvão Bertazzi. O material, que tem quatro faixas, foi captado ao vivo (as vozes foram gravadas depois) e tem bastante overdub de barulho, como o título do registro sugere. A previsão de lançamento nas plataformas digitais é para a segunda quinzena de fevereiro. Em contato com o Rifferama, o vocalista e guitarrista da Söödio falou sobre os processos na banda até chegar a essa sonoridade que abraça a feiura. “A gente não tenta ficar lapidando, é para provocar mesmo, incomodar, jogar isso tudo na cara junto com a música”.
— A gente está brincando às vera nessa do underground há muito tempo. Nunca tive a ideia de viver de música, mas sempre fazendo com compromisso, estou desde 1993 se for contar desde que faço show, o Bicaco acho que por aí também e o Gigante um pouco depois. Eles botaram pilha pra gente fazer um som e falei para ressuscitar aquele projeto nosso, o Produto, com uma cara mais rock, deixar o noise ali, o negócio do barulho, da feiura, de desconstruir a estrutura das músicas, mas mantendo o rock presente. Dentro de uma estrutura musical, conseguimos botar o máximo de sujeira, desde os efeitos que a gente escolhe para usar, até o jeito de tocar e cantar. A gente não gravou nada até fazer bastante show para se sentir seguro para gravar tudo ao vivo no estúdio, depois os vocais separados e overdubs de guitarra e barulhos depois. Fizemos no final do ano com o Beto Fonseca, ele produziu junto, foi bem parceiro.
Ficha técnica
Direção e animação: Moacir Barros
Bonecos: Barca Bogante
Produção clipe: Lucas de Barros (Após Filmes)
Áudio: MAU – Música e Arte Urgente