Tripperz: parceria afinada e expectativa de muitas canções

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Veterano da cena independente de Santa Catarina, o guitarrista e compositor Marcelo Rizzatti, de Joinville, tem mais de duas décadas de história com Os Depira, tocou em outras bandas como Radio Gump e Bendito Bem, todas com materiais lançados, acompanhou a lenda Celso Blues Boy nos seus últimos anos de vida, e em 2022 divulgou o seu primeiro álbum solo, “A impermanência das coisas”. Como não para de escrever riffs e melodias no violão e na guitarra, Rizzatti enviou algumas ideias para Renan Marqves, artista da cidade que começou a gravar as suas canções em 2020. A parceria fluiu demais e a escolha pelo estúdio de Ed Rossi foi natural, já que ele tinha trabalhado nos projetos recentes de ambos. O produtor também assumiu o baixo e, com a entrada do baterista Edney Blues, de Guaratuba (PR), amigo de longa data de Rossi, estava formada a Tripperz.

Como a química entre Marcelo Rizzatti e Renan Marqves funcionou e a banda tem um estúdio à disposição, a expectativa é de que a Tripperz produza canções em série. Até o momento, o quarteto apresentou dois singles, “Black Warrior”, que saiu em setembro, com direito a videoclipe, e “Spaceship”, publicado no dia 7 de janeiro nas plataformas digitais. O próximo lançamento, “Shooting Star”, já está pronto e deve ser liberado nas próximas semanas, e o grupo ainda tem outras duas guias para colocar os instrumentos e voz. A previsão é de que essas três sejam concluídas e ganhem as redes ainda neste ano, mas a Tripperz quer fazer mais. Em contato com o Rifferama, o guitarrista e compositor afirmou que existe a possibilidade de a banda juntar entre três e cinco músicas a mais para completar um disco. Rizzatti também comentou sobre a facilidade de trabalhar com Marqvs e a sonoridade mais leve, mas ainda roqueira, do grupo.

— O Renan tem uma facilidade incrível em colocar letra e harmonia vocal nessas ideias que mando pra ele de música. É um negócio que está fluindo bem pra caramba, acho que nunca tive um parceiro musical assim tão rápido e empolgado. Em algumas horas ou no máximo no dia seguinte ele manda uns versos, refrão e uma coisa a mais. A questão do estúdio ajuda demais, a gente tem essa liberdade e amizade com o Ed, conhece como ele trabalha, então estamos em casa. A gente tinha um baterista, mas acabamos chamando um amigo dele, que está passando por um tratamento de saúde e está sendo um presente pra ele, estala o dedo e ele está aqui para gravar. É um time bem massa, todo mundo empolgado. A sonoridade acaba sendo assim por conta das minhas influências principais serem da música dos anos 70 mesmo, do blues, do soul, do funk. Tem gente que ouviu e disse que lembra algo dos anos 90, meio Black Crowes, Alice in Chains. Acho que as outras composições vão dizer isso também. Ainda não conversamos sobre isso, mas a produção está muito rápida, é capaz de conseguirmos lançar um álbum neste ano.

Foto: Amanda Araújo