O Rifferama tem o apoio cultural de 30 Por Segundo, Mini Kalzone, Camerata Florianópolis, Biguanet Informática, Lord Whisky Distillery e TUM Festival
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Estar no lugar certo, na hora certa e conhecer as pessoas certas pode fazer a diferença na carreira de um artista, banda ou projeto. Mas de nada adianta essa combinação de coisas acontecerem se quem busca avançar na carreira não estiver pronto. Como diz Barral Lima, um dos palestrantes do TUM Festival, que será realizado entre os dias 4 e 12 de novembro em Florianópolis, sorte é quando a preparação encontra a oportunidade. CEO do Grupo UN Music, que compreende selo fonográfico, produtora de eventos e audiovisual, além de uma editora, Barral Lima é idealizador dos festivais Palco Ultra, BH Rock Week, MARTE, HipHop.Doc e Circuito Instrumental, e já trabalhou com nomes como Milton Nascimento, Samuel Rosa, Fernanda Takai, entre outros. No TUM, o produtor mineiro vai falar de tudo um pouco, festivais, gestão de carreira, showcases e rodada de negócios.
A rodada de negócios é um pilar importante para a construção de uma conferência de música. É o momento em que o artista pode apresentar o seu trabalho para profissionais do mercado, como organizadores de festivais, curadores de feiras, empresários e afins. Como o tempo é curto, entre cinco e 15 minutos, é preciso ser objetivo e saber o que levar. Em contato com o Rifferama, Barral Lima destacou que é imprescindível para esse tipo de encontro levar um material audiovisual, um vídeo curto, de no máximo dois minutos, de um show. “Sempre material ao vivo. Não adianta levar videoclipe”, apontou. Mas tudo depende do objetivo. Se o foco é apresentar um novo álbum para um selo ou gravadora, o que conta são as músicas. O produtor também destacou que, em caso de vender show, é preciso ter um formato menor (duo ou trio), que fique mais fácil e barato de circular, mostrar que a proposta atende a qualquer situação, desde palco pequeno quanto um evento de grande porte. E o mais importante de tudo: seja interessante.
— A rodada de negócios é uma oportunidade de mostrar o trabalho de uma forma profissional para as pessoas certas. É importante saber onde está o seu público, quantas pessoas você consegue convidar para o seu show em alguns lugares, quantas pessoas você leva nos shows na sua cidade. Tem que ter isso em mãos, sempre em dia. Se possível, tenha um site. É o lugar em que você coloca todas as suas informações. Quanto mais organizado o artista é, mais oportunidades ele consegue. Se você estiver pronto, as oportunidades sempre aparecem. Não pode ir para uma rodada como uma aventura, se não estiver pronto, vai pagar mico. Não vai fazer negócio e ainda pega mal. Se você tiver a oportunidade de fazer um showcase é melhor ainda. O artista precisa impactar o público, a sua vida pode mudar naquele momento. A cada vez que você participa de uma rodada de negócios ou faz um showcase, você vai chegar mais perto de mais pessoas que trabalham com o mercado, seu trabalho será falado e você pode dar mais um passo.
A pedido do Rifferama, a cantora e compositora Dandara Manoela (Cores de Aidê, solo), enviou um depoimento sobre a importância que uma rodada de negócios pode ter para um artista. Em uma edição do TUM, Dandara conheceu o produtor cultural Paulo Zé e fechou uma apresentação no Morrostock (RS), um dos festivais de acampamento mais conhecidos no país. “Foi uma experiência bem interessante. Já tinha ouvido falar de outros lugares, mas desde o momento em que soube que a gente teria uma rodada de negócios em Florianópolis fiquei feliz, isso colabora muito para que a cena artística e musical possa daqui possa estar mais dentro do mapa. Nessas feiras vêm gente de vários lugares do país e até de fora, é um ponto que ajuda a fazer com que o Sul de forma geral comece a ser visto e as potências que a gente têm aqui também. Através da rodada do TUM fechei o Morrostock e conheci outros artistas e pessoas que também estão no corre, acredito muito nesse formato de evento”, contou.