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2023 foi difícil para a Vince. Além de Rio do Sul ter sofrido com as maiores enchentes da sua história (foram quatro apenas entre outubro e novembro), que desalojaram cerca de 20 mil pessoas na cidade, a banda perdeu dois de seus integrantes de longa data, Ramon Testoni (baixo) e Lucas Parizotto (bateria), deixando um sabor agridoce na comemoração dos 15 anos do grupo, que divulgou uma versão ao vivo do disco “Austral”, um dos melhores trabalhos de 2022 segundo o Rifferama, e dois singles. Após um período processando a perda, Grazzus Cunha (voz), Giovane Diego (guitarra, violão e voz) e Rafael Rossetto (guitarra e produção musical) encontraram Leonardo Minatti (Venus vs. Marte) e Jarlisson Costa para preencher as vagas de baixista e baterista, respectivamente. Com o novo time, o quinteto gravou “Antifrágil”, single que anuncia a chegada do segundo disco. A faixa, que tem captação, produção, edição e mixagem de Rossetto, foi masterizada por Fili Filizzola (Sandy, Nx Zero, Lagum, entre outros).
Um dos motivos para a escolha dos novos integrantes da família Vince chama a atenção: tinha que ser gente boa. “Ser bom músico não é mais pré-requisito. Eles teriam que ser pessoas legais, e isso pesaria muito na nossa decisão. Por isso fizemos alguns ensaios e no primeiro já rolou uma conexão”, contou Grazzus. “Antifrágil” surgiu durante o processo de finalização de “Austral” e, depois de tudo o que aconteceu com a banda, a música se tornou ainda mais especial. A letra se divide em dois momentos, de uma conversa com deus e o refrão com a resposta desse observador, explorando a relação entre medo e coragem. Até o momento, o grupo tem cinco faixas bem encaminhadas para começar as gravações. O objetivo dessa vez é divulgar uma canção por vez e preparar materiais específicos para cada lançamentos. Em contato com o Rifferama, o vocalista Grazzus Cunha falou sobre o novo momento da Vince e a sonoridade do próximo trabalho.
— “Antifrágil” é como se fosse um remédio, ela fala de algo muito positivo e nos uniu. Apresentamos o álbum para eles (os novos integrantes) e vamos fazer isso acontecer. Começamos a fazer novos arranjos para as músicas e fomos muito sortudos. Conseguimos juntar excelentes músicos e todo mundo com o mesmo ideal. Nesse primeiro momento vamos trabalhar muito bem os singles e quando chegarmos em um determinado volume de músicas, juntar tudo e fazer um álbum pra ter um material completo. No terceiro álbum pensamos em estourar pra todo mundo escutar de uma vez, mas agora queremos explorar e criar outros itens, de repente um disco, uma fita, queremos marcar muito esse segundo álbum. Ele vai ser muito forte, profundo e doido, com umas coisas experimentais, muita coisa nova, muita sonoridade diferente. Conseguimos buscar uma linha de conexão de estilo e estamos cada vez chegando nesse ideal.
Ficha técnica
Direção geral: Vince
Direção de fotografia, edição e pós-produção: Gabriel Costa
Direção de arte: Grazzus
Locação: Jardins de Monet
Captação, produção musical, edição e mixagem: Rafael Rossetto (Flat Hall Studio)
Masterização: Fili Filizzola
Agradecimentos: Werk Empreendimentos, Doug Theiss, Arcendino Hinckel e Jean Goral
