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O videoclipe de “Valsa tropical”, faixa título do segundo EP do cantor e compositor Zaia Freire, lançado em dezembro, é especial. Aprovado pela Lei Paulo Gustavo 2023, o audiovisual, que tem direção de Renan Bett, da Madrigal Filmes, foi gravado em alguns pontos turísticos de Joinville, onde o artista vive desde os anos 1990, como o Mirante e vista da Baía da Babitonga, Parque Hemero e vistas aéreas de partes da zona rural como o Rio Piraí. Outro ponto que faz o single ter um espaço no coração do músico é a retomada da parceria com a cantora Rafaela Antonioli e o acordeonista Bebê Kramer, com quem trabalhou no primeiro EP, “Uma mulher”, divulgado em 2021. “O convite para a Rafaela foi uma tentativa de reeditar a parceria já feita no primeiro EP, inclusive trazendo o Bebê Kramer para participar. Inicialmente era para ser somente uma faixa do EP, mas apareceu a Lei Paulo Gustavo e conseguimos fazer o clipe”, comemorou Zaia Freire, que também é historiador.
Enquanto o EP de estreia é um trabalho conceitual, tendo como tema a mulher, com uma sonoridade abrangente, dentro do universo da música brasileira, incluindo ritmos como o samba e o forró, “Valsa tropical” é um registro mais melancólico, muito pela inclusão do violino do produtor Gabriel Vieira e do piano de Fábio Oliveira (confira a ficha técnica completa abaixo), abraçando a estética da MPB. Entre esses dois materiais, apresentou um baião e o frevo “Bloco do desatino”, expressando a sua veia nordestina (o pai é baiano e o avô sergipano) com uma letra crítica. Em contato com o Rifferama, Zaia Freire falou sobre as diferenças que os seus dois EPs trazem, a influência que Chico Buarque tem nas suas canções e também os seus próximos passos. O cantor e compositor tem dois sambas que estão gravados, mas ainda sem previsão de lançamento.
— Tem uma semelhança de timbre. Ouvi muito Chico Buarque, fiz muito cover, acho que tem uma influência inegável. O meu violão é bem feijão com arroz, uso para criar as minhas músicas, quando vou para o estúdio prefiro deixar com músicos mais gabaritados. O primeiro EP é mais variado, mas tinha como unidade temática a mulher e suas diferentes faces, são músicas mais animadas. Esse segundo a temática é o coração, inclusive era para ele se chamar “Veredas do coração” ou “Caminhos do coração”, algo assim. Ele realmente tem esse clima mais introspectivo, remete para esse clima, essas zonas do coração. A estética não muda muito, tem um investimento nas músicas naquela MPB mais clássica. Lancei uma faixa (“O amor vê além”) que era para estar no EP, mas deixei de fora por ter uma pegada mais acústica, um bolero, só voz e acordeon, para não deixar engavetada subi ela nas plataformas.
Ficha técnica
Composição, voz e roteiro: Zaia Freire
Participação especial: Rafaela Antonioli
Acordeon: Bebê Kramer
Bandolim: Roger Felten
Teclados: Fábio Oliveira
Bateria: Diego Constant
Produção, violão, violino e baixo: Gabriel Vieira (Estúdio Araruna)
Direção e cinematografia: Renan Bett (Madrigal Filmes)
Storybord: Mariana Gretter
Secretária executiva: Fernanada Heiler
Captação: Tayson Bett (Madrigal), Gabriel Bazt (Alfazema fotografia e audiovisual) e João Vinícius Thomazzi (Ilógico Estúdio)
Drone: Cassio Fernandes