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(Re)Descobertas da quarentena: Dijjy Rodriguez (Ponto Nulo)

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Dijjy Rodriguez (ou Samsa) é a voz e imagem da Ponto Nulo no Céu, além de único membro remanescente desde a fundação da banda, em 2007. Nesses 13 anos o grupo passou por mudanças de formação, lançou dois álbuns e dois EPs (um ao vivo), ganhou prêmios e dividiu o palco com os maiores nomes do rock brasileiro e participou de diversos festivais, incluindo o Rock In Rio — edição de 2019. O último trabalho da PNNC é o EP ao vivo gravado no Estúdio Showlivre, de 2018.


F.U.R.T.O. – Sangueaudiência (2005)

Esse álbum me acompanha há muito tempo. De tempos em tempos revisito e ouço do início ao fim. Foi um projeto pouco conhecido, mas de extrema importância pra mim. A começar pelo nome da banda, F.U.R.T.O. (Frente Urbana de Trabalhos Organizados), Marcelo Yuka conseguiu construir uma poética de fala simples e tão potente na abordagem de questões sócio-políticas que ressoam até hoje, no meu entender. É nítida a marca dele ali com a bagagem pós O Rappa. Nessa época Yuka já não podia tocar mais bateria, por conta da perda dos movimentos das pernas, e assumiu a produção de todos os sons com essa estética mais eletrônica, que ele reproduzia ao vivo nos pads e teclados. Lembro de ter ouvido e me alimentado destas músicas pra compor “Pintando Quadros do Invisível”.


Edgar – Paralelo 22s (2015)

Edgar é um multiartista de Guarulhos (SP). Conheci o trampo dele por este álbum. Acho difícil, e desnecessário, colocar qualquer definição de sonoridade aqui. É único em tantos sentidos. Também porque vai além da música. É interessante assistir às apresentações pra entrar um pouco no universo que Edgar criou: um emaranhado performático e estético que acompanham as músicas. Acho maravilhosa essa mistura toda que vai pra muito depois do lugar comum.


Desalmado – Save Us from Ourselves (2018)

Em contraste com os outros álbuns sugeridos aqui, vamos de death grind com a sujeira que gosto e uma produção fodassa. Uma das bandas que mais tenho acompanhado ultimamente. Tanto que vez em quando me pego até tentando cantar os instrumentais. Tudo é muito bem construído e executado nesse álbum. Letras necessárias pra refletir sobre o momento que estamos passando. Junto com muitas outras bandas, é o suprassumo do metal brasileiro contemporâneo. É pesado e direto. Baita álbum pra bater cabeça e ouvir umas ideia reta antissistema.


Foto: Day Mello

Bônus: Ponto Nulo no Céu no Rock In Rio 2019

Daniel Silva é jornalista e editor do portal Rifferama, site criado em 2013 para documentar a produção musical de Santa Catarina. Já atuou na área cultural na administração pública, em assessoria de comunicação para bandas/artistas e festivais, na produção de eventos e cobriu shows nacionais e internacionais como repórter de jornal.

2 Comentários

  1. Que foda, Bruno! Feliz em ler teu comentário e com a forma que nosso som chegou até vc

  2. Ponto nulo no céu é a banda da minha vida!!Os caras são feras,Conheci graças a um professor de Sociologia a uns 4 anos atrás.
    As letras mudaram minha forma de pensar!!Sinto muita alma na musica :D

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