Antonio Rossa é um dos personagens mais interessantes do cenário independente de Santa Catarina. Estabelecido como fotógrafo e videomaker, o lageano radicado em Florianópolis deu os seus primeiros passos como compositor em 2009 com o lançamento do EP “Nuvem”. No último domingo (18), o músico liberou o seu terceiro trabalho solo, “Amor Ato Revolução”. E o Rifferama apresenta com exclusividade o videoclipe para a faixa título – veja abaixo.
Gravado no estúdio The Magic Place, o material foi mixado e masterizado por Rafael Pfleger, com exceção de “Aurora”, que foi lapidada por Renato Pimentel. Rossa recorreu a antigos parceiros, como Marcelo Mudera, e adicionou outros músicos na mistura para fazer “Amor Ato Revolução”. Israel Rodrigo, da Pentarradial, que produziu o último single do artista, “O próximo passo” (de 2015), participa de duas faixas. Os seus comparsas David Meiser (guitarra) e Ike Lunardelli (bateria) também contribuíram com o EP, assim como Frederico Malverde (cello).
Neste pequeno álbum, o compositor se despe de rótulos e mostra o quão verdadeira é a sua proposta. Rossa tem estilo próprio, foge do comum tanto na forma como interpreta as suas letras quanto nas ideias. Em “Aurora”, música gravada há quatro anos pela formação da extinta Sociedade Soul (que solo, Gustavo Barreto!), o artista ataca o consumismo. A canção que batiza o novo trabalho fala sobre o amor “capaz de transformar as coisas”. Fazer arte, mais do que vaidade e tudo o que a envolve, é um ato de amor, acredita o autor.
– Fazer arte tem o lance de você entregar para as pessoas um pedaço da tua interpretação do mundo. Todas as canções estão falando do amor, de atitude ou do ato revolucionário, não ideológico/político, mas o que cada um faz em si mesmo, as experiências que te modificam e a buscam pela tua grande mudança. São revoluções pessoais. Falo sobre o amor das distâncias, diferenças e imperfeições. Vivemos num tempo em que as pessoas usam a palavra amor de forma gratuita e acabam sentindo o amor de uma forma muito superficial. Como é lindo amar o que é incerto, de peito aberto e seguindo em frente.
Foto: Tóia Oliveira