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Bizibeize: rock alternativo com alma punk no álbum “Aura”

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Desde o lançamento de “Não vai te satisfazer”, em maio de 2021, a Bizibeize vem apresentando uma transição na sonoridade — a formação também mudou duas vezes nesse período, agora com Vitor Graf (voz e guitarra), Leandro Lazzarotto (guitarra e voz), Gustavo Borges (bateria e voz) e Cainã Vargas (baixo). Cada vez mais distante do punk rock, a banda vem fazendo uma música mais alternativa, influenciada por nomes como Hüsker Dü, Smashing Pumpkins, Sonic Youth, entre outros. Houve uma recaída no meio do caminho, com “Quem te perguntou?”, presente na coletânea “Música e Arte Urgente Florianópolis #1”, de 2022, que traz aquela energia caótica dos primeiros trabalhos. “Imagina só”, que saiu nesta quarta-feira (31), foi gravada ainda como um trio, com Lazzarotto no baixo, e recoloca o quarteto nos trilhos da experimentação. A faixa é uma prévia do álbum “Aura”, que deve ser divulgado em abril.

Outra mudança importante aconteceu na forma de registrar as músicas. Nesses mais de dez anos de estrada, o grupo trabalhou com os produtores Ivan Beretta, Leo Sabba, Hique d’Avila e Billy Maia, além de ter os últimos dois singles masterizados por Chris Hanzsek (Green River, Melvins, Soundgarden, etc.). Em “Imagina só”, o agora guitarrista Leandro Lazzarotto, que já assinou produções para bandas como Dirty Grills, Casa Laranja, Mudness, entre outras, cuidou de toda a parte técnica: captação, mixagem e masterização. Em contato com o Rifferama, o vocalista Vitor Graf falou sobre o ganho em ter o controle do processo de gravação e também sobre a mutação na sonoridade, que não deixa de ter a alma punk. Até o momento, “Aura” tem seis tracks, mais uma introdução, mas existe a possibilidade da inclusão de mais um som no repertório da Bizibeize, que soma outros dois EPs no currículo, lançados em 2013 e 2017.

— A gente nunca foi muito ligado na parte técnica, quando o Leandro entrou na banda ele começou a dar mais pitacos nas coisas. Nada mais a nossa cara que ele botar a mão na massa. Ele entende muito bem a linguagem da banda, a sonoridade e referências. É importante estar por trás da máquina, consegue ser um pouco mais fiel. Eu não tenho pensado em fugir do hardcore deliberadamente, isso é uma coisa que acontece natural. A gente que escreve não está muito aí em como vai soar, é muito relacionado ao que a gente ouve no momento, a gente faz o que quer. O “Aura” caminha por várias vertentes, mas sempre está guiado na mesma convergência, que é essa liberdade. Isso pra mim é o punk, não responder a ninguém. As músicas vão soar com a mesma vertente nossa, com a mesma agressividade, os mesmos linguajares, mas tenho ido para um lado mais experimental, rock alternativo, a gente tem muito de grunge. Lançamos esse single pra dar um gostinho, mostrar que vem coisa nova, com essa sonoridade.

Daniel Silva é jornalista e editor do portal Rifferama, site criado em 2013 para documentar a produção musical de Santa Catarina. Já atuou na área cultural na administração pública, em assessoria de comunicação para bandas/artistas e festivais, na produção de eventos e cobriu shows nacionais e internacionais como repórter de jornal.

2 Comentários

  1. Quente

  2. Que foda essa materia! Muito obrigado pelas palavras!

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