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Camila Leal: da sensualidade ao empoderamento sonhando alto

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Criada em uma família de músicos, o pai e os irmãos tocavam na banda da igreja, Camila Leal canta desde criança, mas somente dos 11 para os 12 anos descobriu que existia outro mundo fora desse universo religioso. Nesse período a artista começou a andar de skate e a surfar, atividades que influenciaram o seu gosto musical, que inclui principalmente rap e pop, e referências como Erykah Badu, Flora Matos e Cynthia Luz. Camila sempre teve o objetivo de criar as suas próprias canções e as primeiras letras foram saindo na mesma medida em que foi se familiarizando com instrumentos como ukulele e teclado, e pesquisando alguns beats para rimar em cima e jogar na rede. Mas até a estreia com o single “Melhor fase”, em junho de 2022, cantora ralou bastante para poder apresentar as suas músicas para o público.

O ponto de partida na busca por esse sonho foi deixar Barra Velha, sua terra natal, para morar e trabalhar em Balneário Camboriú, aos 18 anos. O incentivo para registrar “Melhor fase” partiu dos amigos que ouviam a artista cantar a música nos luais que frequentava. “Todo mundo gravava o refrão e começou a cantar comigo nos rolês”, lembrou Camila em contato com o Rifferama. A cantora e compositora não tinha recursos para entrar em estúdio e chegou a cogitar a fazer uma rifa para bancar os custos da gravação, mas a história chegou nos ouvidos do produtor Geum, que resolveu entrar como parceiro neste lançamento. A dupla trabalhou no projeto seguinte, o EP “Leal até o fim”, divulgado em dezembro. Neste ano já saíram três singles, sendo dois feats, com GW MC e Luckyy G, e “Feeling Leal”, o último single. Agora que começou, Camila não quer mais parar. E sonha alto.

— Nunca passou pela minha cabeça que eu conseguiria lançar uma música, não sabia nem por onde começar. Me indicaram o Geum, mas eu sempre sem muitas condições, uma amiga minha conhecia ele e falou da rifa pra ele. Ele me chamou no estúdio e pediu para eu mostrar a música pra ele, gostou e disse que produziria “Melhor fase” pra mim sem me cobrar. Ele também me apoiou em um evento para arrecadar a grana para pagar o meu EP. Foi o meu primeiro show. Depois disso vi que isso era pra mim, aí não parei mais. Quando você entra em algo não pode mais parar de fazer isso, tem que continuar até estourar e viver disso. Meu próximo som está numa pegada motivacional, de empoderamento. Quero mostrar o meu lado correria também. Estou fazendo aos poucos a galera me conhecer. Boto muita fé que ainda vai virar muito mais.



Foto: Alice Pereira

Daniel Silva é jornalista e editor do portal Rifferama, site criado em 2013 para documentar a produção musical de Santa Catarina. Já atuou na área cultural na administração pública, em assessoria de comunicação para bandas/artistas e festivais, na produção de eventos e cobriu shows nacionais e internacionais como repórter de jornal.

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