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Diego Stecanela reinventa a sua “Maral” em trabalho solo

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O cantor, compositor e pianista Diego Stecanela tirou a carreira solo do papel em outubro com “Volta” (saiba mais nesta matéria). Após realizar um sonho antigo, o músico não tem mais tempo a perder e divulgou no dia 13 de janeiro um segundo single, “Maral”. Quem conhece os Outros Bárbaros, grupo do qual Stecanela faz parte, já ouviu a canção, presente no álbum “Interlúdio na beira do caos”, lançado em 2022 e eleito um dos melhores trabalhos do ano pelo Rifferama. Em mais uma grande produção, o artista de São José decidiu apresentar a sua própria versão da música, como ela foi imaginada. Gravada no estúdio Magic Place, por Renato Pimentel, “Maral” traz as participações de Luiz Meira no violão, Eduardo Wagner no baixo e Guilherme Casarotto na bateria, e conta com um videoclipe assinado pelo próprio Stecanela em parceria com Jorge Daux.

“Maral” é uma música cheia de significado para Stecanela, que escreveu a canção após a morte do amigo Johnny Duluti, em fevereiro de 2021. A letra foi inspirada por uma conversa que teve com o tio Luiz Meira sobre perdas durante um Natal. Com novo arranjo, mais simples, para privilegiar a interpretação vocal, a faixa tem uma parte instrumental no encerramento que não consta na gravação original. Em contato com o Rifferama, o cantor, compositor e multi-instrumentista, que também é produtor cultural, falou sobre o conceito por trás do single e o seu envolvimento total com o processo. Além do trabalho em estúdio ao lado de Renato Pimentel, o artista foi responsável pelo roteiro, montagem e trabalhou com Jorge Daux na direção geral do videoclipe com o objetivo de expressar fielmente o sentimento que “Maral” passa.

— Um dia meu tio trouxe esse papo no meio de uma conversa, ele tinha ouvido que quando uma pessoa morria era como um navio, vai no horizonte, ficando cada vez mais distante, o tempo vai passando, mas ele nunca vai embora de vez, é um navio carregado de coisas. Essa frase ficou na minha cabeça, começou a pandemia, até o dia que o Johnny veio a falecer e eu senti na pele. A gente se comunicava todo dia há meses, foi um baque. Do nada aquela conversa parou, a presença dele não existia mais, aí entendi o que era algo ir embora. A versão da banda ficou linda, mas ali é um resultado do sentimento de quatro pessoas. Quis regravar ela como uma forma de me expressar, fazer do jeito que eu imaginava ela desde o início, para o sentimento da voz vir com tudo. O final (instrumental) simboliza que a vida continua, aquele piano é um retorno à vida. Não abri mão do processo do clipe, pois sabia muito bem o que queria expressar. O vídeo com a música é o que sinto e estou seguindo o que a minha vontade manda agora.

Ficha técnica

Composição, arranjo, voz e piano: Diego Stecanela
Violão: Luiz Meira
Baixo: Eduardo Wagner
Bateria: Guilherme Casarotto
Produção musical: Renato Pimentel e Diego Stecanela
Mixagem e masterização: The Magic Place (Renato Pimentel)
Direção de vídeo, color e finalização: Jorge Daux
Roteiro, montagem, edição e direção geral: Diego Stecanela
Maquiagem: Carol Barragana
Figurino: Letícia Lopes
Drone: Victor Giusti
Produção executiva: Bernunça Produções

Daniel Silva é jornalista e editor do portal Rifferama, site criado em 2013 para documentar a produção musical de Santa Catarina. Já atuou na área cultural na administração pública, em assessoria de comunicação para bandas/artistas e festivais, na produção de eventos e cobriu shows nacionais e internacionais como repórter de jornal.

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